28 abril, 2007

AGBAR, dois



Quando visitei Barcelona pela primeira vez, encantei-me com duas torres localizadas, salvo erro junto à diagonal noroeste, que nunca mais tive o prazer de rever.

Desta vez, foi a torre de Agbar(Águas de Barcelona).

A torre de escritórios e serviços mede cerca de 145 m de altura, com 4.400 janelas, tem forma de ogiva e destaca-se do perfil horizontal da maioria da cidade. É a torre que todos nós vemos diariamente no canal televisivo "People and Arts".

A torre Agbar enche de orgulho os catalães!

As torres coloridas da Sagrada Família, encontraram uma concorrente profana, que já se tornou emblemática, tanto na sua simplicidade, como nos seus efeitos camalaeónicos proporcionados pelos arquitectos da luz e da cor, consoante as horas do dia, da noite e os dias da semana. É a referência do século 21, para nós que já estamos um pouco saturados das obras da família sagrada, intencionalmente intermináveis, e que, paradoxalmente, já convivem com obras de restauro, no mesmo espaço.

A sua textura é formada por duas “membranas” de revestimento: uma interior, formada por alumínio em tons de terra, azul, verde e cinzentos, e outra exterior constituída por 59 619 folhas de vidro transparente. O interessante desta torre, é o sistema de ventilação que funciona entre essas duas “membranas”e que permite a redução da temperatura interior do edifício.
(cont)

3 comentários:

Pena disse...

Como deverá ser belo visitar os encantos de Barcelona?
Sentes e amas a Arte como ninguém. A Arte que carregas. A Arte que vive em ti. A Arte que a tua brilhante sensibilidade transpira.
Sabes, Anabela? O teu deslumbre pela Arte, que desconheço e que me transcende, tu vive-la com um discernimento muito lúcido e sempre atento, que até comove.
Admiro-te, sinceramente!
Com muita estima
pena

João Carlos Carranca disse...

Desconheço o autor do 'supositório' de Barcelona. Inicialmente foi obra detestável, agora emblema da cidade. Quem se lembra da polémica das Amoreiras, em Lisboa?
Mas que raio, dá uma foto divinal

Anabela Quelhas disse...

As amoreiras são a marca do pós modernismo em Lisboa, nem sempre aplicado da melhor forma.... por vezes de gosto duvidoso. Mas os tugas , norma geral, são receosos em relação ao novo, tem um pouco o velho do restelo a correr-lhe nas veias.
Hoje, alguns gostam outros não... porém já quantas torres gigantescas se fizeram, pós amoreiras e muito mais feias e descaracterizadas? Dezenas.
As amoreiras ao contrário da torre Agbar, não conseguiu ganhar simbolismo e prestígio. Nunca conseguiu, nem conseguirá rivalizar com a torre de Belém.
Por mim, não me incomodam nada... daqui a umas dezenas de anos, serão mais umas a ser demolidas, podem crer, e a de Belém e de Agbar permanecerão! Duvidam?
Abraço