30 novembro, 2021

A VIOLA AMARANTINA


 Porque não fico em casa.

Com bilhetes comprados hã mais de um mês, de repente vejo-me no meio do nascimento de um grande projecto. Gostei e regostei. Nem sabia nada sobre a viola amarantina. Conheci através das poucas partilhas do Rui Fernandes aqui na rede social. Hoje tive o prazer de a ouvir inserida em melodias com mais 3 instrumentos.

Excelente, aguardo os cds para oferecer a alguns amigos que já se vão roer até aos cotovelos, por desconhecerem o grande momento musical que vivi hoje. A interioridade também tem o seu encanto. Força Rui e muito obrigada.

29 novembro, 2021

CANASTRO


Atalho para o infinito, pleno, com capacidade de me emocionar com a arquitectura popular e com estes gigantes celeiros.

SHUAK 

24 novembro, 2021

MONDRIANA


 Há traçados que me pertencem, que dançam comigo em tarde tropical, como se tivesse sido ontem.

Regresso ao traçado e retomo a energia que por vezes vou perdendo... recrio-me, renovo-me num gostar sem fronteiras como nós. 

A voz, a voz, a voz no meu silêncio eterno.  Uma paixão redesenhada em Cassiopeia. Até lá. 

Pousada de Viseu

 Antecipando com spa e aqui tão perto








21 novembro, 2021

FLORENÇA


 Hoje a rede social lembrou-me de uma foto que publiquei em 2013. Uma fotografia obtida através de janela do Palácio Vechio, onde se vê a cúpula da catedral.

Florença é uma cidade para voltar. Já estive lá 3 vezes e ainda tenho que ir à última, porque ainda não visitei a galeria Uffizi.  

Esta visita de 2013 foi inesquecível, visitei o palácio Vechio ao som de uma orquestra que por acaso tocava numa das salas. 

Florença é bom, mas Roma é melhor.

17 novembro, 2021

A ZONA DE CONFORTO

 

 A ZONA DE CONFORTO

            Numa conversa em vão de escadas de um museu, à saída de uma exposição de pintura, acabamos por falar sobre a nossa zona de conforto e a preocupação com a avaliação dos outros sobre nós.

            Não ter medo, não nos auto-bloquearmos de tal forma que nos impeça de fazer aquilo que nos agrada e que nos emociona, é algo que nos engrandece.

            A arte só acontece quando saímos da nossa zona de conforto, quando nos aventuramos fora da “caverna” e nos tornamos disponíveis para partilhar o que pensamos e o que vai no nosso mundo interior. Essa abertura confere-nos vulnerabilidades, porque se tornam visíveis as nossas fragilidades e podem traduzir-se em pintura, literatura, poesia, fotografia, cinema, teatro... A Alegoria da Caverna de Platão explica como poderemos deixar de ser prisioneiros de nós próprios. Se permanecermos na caverna, observando eventualmente apenas a sombra de nós, teremos uma perspectiva rudimentar de nós e do mundo.

            Júlio Pomar dizia que a vida nos despe no momento de escrever ou de pintar.

            A vida envolve-nos e arrasta-nos com ela, como simples passageiros do tempo. Repetimos rotinas, hábitos, comportamentos, sufocados ou enquadrados pela crença ou fé religiosa, sem percebermos que poderemos mudar ou alterar algo. E os dias sucedem-se. Ter a noção que, ou continuamos na mesma, ou teremos que nos aventurar a mudar, já é bom, mas não chega. E o que fazemos? Acomodamo-nos no sofá, favorecemos a nossa insatisfação, aceleramos a frustração e experimentamos o acre do silêncio que nos grita aos ouvidos para sairmos do conforto e da segurança. A azia e a angústia convertem-se em sentir crónico, não havendo kompensan que nos salve!

            Criatividade não se desenvolve em zonas de conforto – a criatividade, aquilo que nos entusiasma e surpreende, as borboletas na barriga ou as hormonas aos saltos, exigem aquele passo em frente, mesmo que o risco seja cairmos num precipício... Poderemos cair, ou não. Teremos que lidar sempre com essa incerteza, mas não permitindo que ela nos engula.

            Na zona de conforto não é necessário pensar, questionar, avaliar, nem tomar decisões. A decisão é algo de grande responsabilidade. É mais fácil optar pelo igual, do que pelo diferente. Parece que tudo está bem, que estamos seguros, porém, é exactamente o contrário. Permanecer na zona de conforto, é não viver, é mirrar diariamente. Os governantes governam mais facilmente com a população situada em zona de conforto – ligam o piloto automático e pronto.

            Viver é enfrentar desafios, eliminar medos, construir coragem, acreditar mais em nós e confiar. É desenvolver a capacidade de resolver problemas, apostando na criatividade em autonomia e elevando auto-estima, respeitando o nosso espaço e o dos outros.

            Depois de saírem da caverna, experimentem regressar. Não é qualquer sombra que vos encantará ou vos aterrorizará, porque irão observar não só a sombra como a envolvente da mesma, sentindo sempre que, fora da caverna é onde se encontra o vosso EU mais autêntico. Verão que cada um será já outra pessoa, mais segura, mais conhecedora do mundo e melhor. Sempre melhor, mesmo que tenham caído no precipício. Se isso acontecer, terão pelo menos essa aventura para contar.

Publicado em NVR 17|11|2021

13 novembro, 2021

11 novembro, 2021