23 setembro, 2017

AnimaiZ





 AnimaiZ
         Maria Amparo de Oliveira Rainha apresentou a sua nova obra “AnimaiZ”, destinada ao público infanto-juvenial, na tarde de 23 de setembro de 2017, no auditório do IPJ em Vila Real.
         Esta obra tem um título invulgar, já que aproveitou a palavra “animais” para esta simbolizar de A a Z relacionando-a com o conteúdo, expressando a ideia de dicionário. AnimaiZ é de facto um livro de poesia sobre animais e que vai de A a Z. 
          A poesia é rimada e ritmada, a maioria está construída em quadras, com uma linguagem concreta adaptada às exigências juvenis, motivando o imaginário e proporcionando um melhor conhecimento de cada espécie. Contém mensagens ecológicas e de protecção ambiental, descreve habitats, o sistema alimentar de alguns animais, alguns aspectos anatómicos e temperamentais, a sua locomoção, as migrações e a hibernação – os animais escolhidos são diversos, uns mais conhecidos do que outros.
         A ilustração é de Alcina Rabaço Gonçalves que tem ilustrado todos os livros da Amparo - este já é o terceiro. Neste livro a ilustração é muito realista, policromada, muito exuberante, alternando planos gerais com planos de pormenor, introduzindo numa dinâmica diferente em cada página, provocando conforto e curiosidade ao leitor. Cada página tem uma cor concordante com o colorido da ilustração.
         É muito interessante associar a poesia aos animais certamente vai fazer sucesso entre as crianças e jovens. Animais e crianças ou jovens é algo que combina bem. Qual é a criança que não gostaria de ter um animal de estimação? Todas gostariam. Quem fica insensível com momentos de ternura que alguns animais nos oferecem?
         A apresentação foi partilhada com a arquitecta Anabela Quelhas, que realçou a biografia da autora e a sua resiliência em escrever, sublinhou a sua determinação em ser professora, a forma de interagir com os pequenos leitores e divagou por uma serie de memórias que lhe suscitou o livro AnimaiS – de Einstein até Walt Disney, passando por Spilberg, Saramago, Luís Sepulveda e Albert Durer.
AQ


09 setembro, 2017

A BALLET STORY

Há espectáculos que são imperdiveis, Este é um deles.
‘A BALLET STORY’
VICTOR HUGO PONTES 

‘A Ballet Story’ tem como ponto de partida o bailado clássico ‘Zephyrtine’, de David Chesky. No entanto, não se trata da representação teatral ou da ilustração da história original, mas de um exercício de abstracção que parte do movimento dos corpos no espaço em articulação com a música. Não há contos de fadas, nem elementos do maravilhoso ou do fantástico. A moral é outra, o desenlace, diferente. Em ‘A Ballet Story’ não sabemos se a história se ajusta à música ou se a dança se ajusta à história. A narrativa será fabricada por cada espectador (ou não). Não se trata de uma articulação linear entre música, narrativa e dança, mas sim de um processo de influências mútuas e afinidades electivas que originam uma peça manipulável de modos diversos e, tanto quanto possível, inteira.

Numa coreografia que mistura sem complexos elementos do bailado, da dança contemporânea e do street dance, os sete intérpretes formam uma estranha tribo urbana, um grupo de seres talvez humanos, que vão ocupando a plataforma ondulada onde se encontram, num equilíbrio frágil entre o indivíduo e o colectivo. Não há contos de fadas, mas o ambiente permanece misterioso e intrigante do início ao fim.

Direcção artística: Victor Hugo Pontes
Música: David Chesky
Versão musical: Fundação Orquestra Estúdio, sob a direcção do Maestro Rui Massena
Cenografia: F. Ribeiro
Direcção técnica e desenho de luz: Wilma Moutinho
Intérpretes: André Mendes, João Dias, Joana Castro, Iuri Costa, Liliana Garcia, Marco da Silva Ferreira e Valter Fernandes.
Figurinos: Victor Hugo Pontes
Produção executiva: Joana Ventura
Co-produção: Nome Próprio, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura
Apoio: Ao Cabo Teatro, Ginasiano Escola de Dança e Lugar Instável
Aqui fica para memória
https://www.youtube.com/watch?v=NsG7wkrk_18&feature=youtu.be

06 setembro, 2017

Moholy Nagy

Quando tinha 15 anos,  o meu pai presenteou-me com um livro de Moholy Nagy, “História ilustrada de la evolucion de la ciudad” da editorial Blume. Nessa época este livro era um luxo, as fotografias são a preto e branco, mas é um livro bem concebido, com papel de qualidade e eu enchi-me de orgulho pois já nessa época me interessava por cidades.
Quando vim para Portugal reduzi  1 quilo na minha bagagem para trazer esse meu livro. Este livro sobre cidades já viveu em várias cidades pois reboco-o sempre comigo. Nessa altura nem fazia ideia quem era Moholy Nagy . Já consultei outras obras dele mas há dias cruzei-me pela primeira vez com o seu caminho. 
Deparei com uma pintura original da sua autoria à minha frente, no museu Thyssen em Madrid, e várias décadas sobre muita coisa passaram na minha cabeça tal como um filme.

Gostaria de ter uma máquina para filmar o meu pensamento. Apenas fiz uma selfie.