24 novembro, 2011

Me encanta a dança




Aos sons das chávenas e das colheres

em compasso aleatório
soma-se o aroma dos cimbalinos
que circulam entre iguais
numa dança
desenhada sobre bandejas.
Aprecio a dança.
Não aprecio o sabor,
Sou de uma anormalidade genética
de não apreciar café.
Sofro de ausência de sensibilidade
para apreciar o precioso liquido.
Liquido marron de tingimento de café,
liquido fumegante
que obriga a rituais e dependências após almoços e jantares,
geração após geração,
acompanhados de conversa sobre coisa nenhuma
gravada nas madeiras,
nos espelhos,
nas mesas dos cafés da baixa do Porto.
Não aprecio,
mas me encanta a dança
E a dependência.

A. Quelhas

20 novembro, 2011

Reflexo dos espelhos


(Clique para ampliar)


Num reflexo dos espelhos

Espreito a alma
De alguém que se silencia a meu lado:
Um ilustre desconhecido.
Divirto-me pensando no acaso
Que me permite aproximar daquilo
Que não conheço
Observar o que nunca vi
Desnudar a intimidade
Do quotidiano de alguém
Que nunca mais encontrarei.
Dentro de minutos voará
Para outras dimensões urbanas
Transportando essências únicas
E in codificáveis
Ignorando-me.
Eu olharei os espelhos novamente
Espreitarei de novo
E saborearei o chá entretanto arrefecido.
Doce
E aromatizado com limão.
Filigrana

Foto: A. Quelhas ( Confeitaria do Bolhão)

17 novembro, 2011

12 novembro, 2011

ALMADA NEGREIROS








Deparei-me com este painel em baixo relevo do ilustríssimo mestre Almada Negreiros localizado no interior do Hotel Ritz em Lisboa. É uma parede revestida em mármore com um baixo-relevo, em que as áreas esculpidas são retocadas com pigmento dourado, dando um contraste belíssimo. Está representado um cavalo com cavaleiro, duas figuras femininas - alguém que dorme a sesta junto aos molhos de trigo e outra que transporta um cântaro à cabeça- e ainda uma figura masculino na parte da obra que evolui para um pilar.
O painel está integrado numa zona de circulação comum não principal, no piso da entrada.


http://www.sodim.pt/hotelritz.htm



11 novembro, 2011


Este é um momento único da minha existência.
Dia 11.11.11 às onze horas e onze minutos.
Data 11 - polissémica. Não vou dizer, mas com muitas, muitas referências na minha vida.
Este momento proporciona-se a alguma reflexão sobre o tempo, que é impossível de parar e de repetir. Sintome-me pequena, minúscula perante a complexidade que é o parâmetro TEMPO.

07 novembro, 2011

Dead Combo





"É editado hoje o quarto álbum da dupla portuguesa, no qual colaboram Marc Ribot, Camané ou Sérgio Godinho.

Os Dead Combo começaram por ser apenas dois. Tó Trips, o homem da cartola e de guitarra em punho, e Pedro Gonçalves, de contrabaixo na mão. À medida que os anos foram passando receberam mais e mais convidados. No último ano vimo-los recorrentemente acompanhados pela Royal Orquestra das Caveiras. As canções que eram então apenas de duas figuras ganharam uma nova dimensão.
Chegados ao quarto álbum surge pela primeira vez uma questão: "O que é que vamos fazer? Mais do mesmo?". A decisão foi então de voltar à base, quando eram apenas dois. Ainda assim, não resistiram a desafiar outros músicos. O resultado dá pelo nome de 'Lisboa Mulata'."
3/11/2011

http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=2030578&seccao=M%FAsica

06 novembro, 2011

Um professor que um dia roubou o céu

O LIVRO DO MEU AMIGO PENA. FRESQUINHO, FRESQUINHO!

04 novembro, 2011