14 julho, 2011

Casa de Chá - Boa Nova





Entra-se, senta-se e mergulha-se numa tela de pintor naturalista, que afinal é uma janela...uma ampla janela de rochas e mar. Uma janela de sonhos e cumplicidades. Uma janela que nos convida a reflectir e depois sonhar.
Mão na mão, um café e um carioca de limão.
...e o mar manso formando pequenas vagas teimosas em invadir a areia, as rochas, as consciências...por vezes reina o silêncio matizado pela música do mar e um jazz qualquer.
Fecha-se os olhos, com o corpo acolhido numa velha poltrona... partilha-se o sonho, toca-se a alma, suavemente como "uma lágrima de cristal", e lentamente o olhar voa até à linha do horizonte, contornando as rochas, sobrevoando a tarde, como a quem já conhece ainda sem se conhecer. Envolve-nos, seduz-nos.
Apetece olhar, apetece tocar, apetece reter o cheiro, apetece parar os ponteiros do relógio e saltar para a outra dimensão, apetece pintar o mundo de azul ciano, apetece mudar de ângulo de visão, apetece apetecer.
Para quando uma, outra e outra vez?

03 julho, 2011

Lucidez e dor

A lucidez não tem que ser necessariamente dolorosa, embora resulte inegavelmente do facto de romper com aquilo que nos “cegava” e o abrirmos a visões mais amplas e menos ingénuas das coisas, é um acto de ruptura com as disposições das nossas cabeças e com as nossas vidas e muda radicalmente os nossos vínculos, para o qual quase sempre parece implicar um parto doloroso. (…) lucidez e dor são inseparáveis em todos os momentos? A felicidade é possível no momento de lucidez? O iluminado está condenado à dor da solidão? (…) parece ser mais aconselhável o risco da dor da clareza do que viver a felicidade na ignorância. Não acham?


http://noticiasderionegro.blogspot.com/2011/06/entre-el-dolor-de-la-lucidez-y-la.html