27 fevereiro, 2007

L@birinto

A wikipédia assinala a Internet como o labirinto moderno. Achei interessante esta analogia..
A
Internet é um labirinto moderno. Duas estratégias podem ser utilizadas para percorrê-lo:
(i) a estratégia de Ariadne
, no qual toda rota é anotada ou registrada de forma a se percorrer o caminho de volta se o usuário quiser, logicamente, e
(ii) a estratégia de Ariadne louca, no qual o Internauta avança sem registro e por tentativas e erros, de sala em sala, site em site, sem uma forma de registro que permita sua volta pelo caminho passado.
Essas duas estratégias podem conduzir a resultados de busca interessantes e diversos

26 fevereiro, 2007

LabirintosotniribaL

Todos conhecem a história do labirinto de Creta… aquela do Teseu e do Minotauro, que devorava mancebos e meninas virgens, vá se lá imaginar como, e porque?!!…, esquisito e seleccionador criterioso!!!… nunca percebi se o monstro seria o homem com a cabeça de touro, se o monstro seria o próprio labirinto, local propício ao erro, à confusão, à desorientação, a miragem do fácil que se converte em difícil, reforçado pela ansiedade e pelo medo do desconhecido, do inesperado, pelo desespero do engano, pela claustrofobia da terceira dimensão, que pode desaguar no vazio sem volta.
Bem, tadinho do Minotauro, que lhe acabaram com as suas festas orgíacas!
Valeu ao Teseu, para além da espada, o fio do novelo de lã ofertado por Ariadne, que sendo mágico ou não, lhe possibilitou encontrar o caminho de saída do labirinto, arquitectado por Dédalo.

Aprecio o exercício de descobrir caminhos, mas projectar um labirinto é muito melhor, é um exercíco lúdico que envolve em simultâneo, as perspectivas do projectista e do utilizador, somado ao objectivo da dificuldade - exercício sado-criativo que envolve esquemas mentais tortuosos! Já experimentei e gostei… daí este interesse virar paixão. O prazer de fazer o utilizador perder-se, anular o mais rápido possível o eixo de orientação que tentou construir desde a entrada, construir a sensação de avanço, através de um grande percurso percorrido, mas que afinal se encontra ainda junto à entrada, induzir em erro nos caminhos de regresso dos falsos percursos.
Enfim, chegar perto do caos!
Afinal o nosso cérebro é facilmente ludibriável!
As experiências escultóricas de Richard Serra (um dia falo-vos deste escultor) e outros ensaístas, abrem outras perspectivas nos meandros labirínticos, que tenho registado como possibilidades a cumprir no futuro. Para além da sensação de engano, de erro, de frustração, de desorientação, somar a sensação de náusea, desconforto físico, de vertigem, provocada pela completa falha nos três eixos de referência, x, y e z, já é possível, e é fácil, fácil! (no que eu me entretenho! Qualquer dia contratam-me para um parque de diversões!)
(cont)


25 fevereiro, 2007

LABIRINTOS

Navegando por diversas linhas que se contornam com sensualidade, e de forma continuada, regrido até à Antiguidade, no labirinto do tempo. Vou estudando outros labirintos, daqueles que não são construídos de unidades de tempo, mas sim de percursos.

Há muitos, muitos anos, eu esperava pelo jornais ou revistas lidos pelos mais velhos, para me deliciar à descoberta dos percursos de labirintos publicados na página de passatempos. Desenvolvi uma técnica para chegar à recompensa… sim, porque todo o labirinto conduz a um espaço recompensa, do qual só é possível regressar percorrendo os caminhos em sentido inverso. Normalmente, a entrada e a saída coincidem.
Foi assim que desenvolvi o raciocínio espacial, desde os meus oito anos, aos sábados e depois de realizar os TPCs. Por vezes o caminho era descoberto, fazendo exactamente o percurso contrário… invertendo a partida com a recompensa.... tinha os meus truques, boa memória e ia ampliando a capacidade de orientação.

Os labirintos podem ser circulares, ou quadrados, regulares ou irregulares, mas assentam numa simetria espiralada, que evolui a partir duma cruz grega, que pode ser invisível ou apenas subentendida. Os caminhos traçados vão-se tornando cada vez mais longos à medida que se afastam do centro.
Estes labirintos normalmente possuem um unicurso. A sua complexidade esgota-se apenas no maior ou menor caminho a percorrer, porém o caminho é único, portanto existe a certeza que se chegará obrigatoriamente à recompensa.

Os labirintos mais complexos são aqueles que se estruturam a partir de diversos caminhos, e que apenas um, finalizará na tal recompensa.
Podem ter várias entradas, vários obstáculos, e para se chegar à recompensa, é necessário desenvolver na nossa mente um desenho espacial, que depois de algumas tentativas, vá eliminando os falsos percursos e vá estabelecendo o percurso a realizar de forma rigorosa, sem falhas.
Mas que adianta chegar à recompensa se esquecemos o caminho de volta?
Nesse desenho espacial, tem que ficar também registado o ponto de vista do inverso.
Não é fácil, atendendo que algumas pessoas, para pensarem no inverso, tem até que se mover, para se redireccionar no espaço,... fazê-lo mentalmente não esquecendo as direcções percorridas e as aberturas que dão acesso a outros caminhos, já percorridos ou não, é complicado.
(cont)

24 fevereiro, 2007

Abraço

Técnica: Pintura a guache

23 fevereiro, 2007

Arquitectos/engenheiros

Sugeriram-me escrever sobre brinquedos do artesanato português.
Ficou registado.
Apesar que, bem sabem, os arquitectos sabem pouco, de muita coisa, enquanto os engenheiros sabem muito, de pouca coisa (a mais que batida diferença entre engenheiros e arquitectos!!! OLOLOL).
O meu caso é ainda pior: sei muito pouco, de pouca coisa!... e depende do que vai aterrando aqui nos meus estiradores reais, depois… há a trasfega (continuo a gostar desta palavra) para a realidade virtual!
Esta semana, por exemplo, os estiradores navegam em diversas linhas que se contornam com sensualidade, e de forma continuada, que me levam à antiguidade, e constituem tema pelo qual tenho um fraquinho! Pronto confesso. PAIXÃO!… depois verão!
(verão: futuro do verbo ver, 3ª pessoa do plural.... bem, na nova terminologia morfológica, nem sei bem o que seja, talvez seja mesmo estação do ano!)

22 fevereiro, 2007

21 fevereiro, 2007

Na idade média parece que...

Naquele tempo, a maioria das pessoas casavam-se no mês de Junho (início do verão), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, em Junho, o cheiro ainda estava mais ou menos...

Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham costume de carregar bouquets de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí temos em Maio o "mês das noivas" e a origem do bouquet. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água (reparem que lindo!), vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças.

Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebe lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem - cães, gatos e outros animais de pequeno porte, como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs".
Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho.
Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada - lembrem-se que os hábitos higiénicos da época não eram lá grande coisa... Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "K.O."(numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro. O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha (que linda ideia, não?!) por alguns dias (DIAS?!) e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo (na boa vida é o que é!) e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz Wake, de "acordar".
A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados ao ossário e, o túmulo era utilizado para outro infeliz. (Pessoal, isto é Reciclagem!! hoje ainda se faz isso mesmo!).
Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.
PS: Alguma cultura de vez em quando é importante!!! (Eh,eh,eh...)





20 fevereiro, 2007

ANTROPOMETRIA EQUINA

Curiosidade Histórica

Andamos nós a estudar para vir a descobrir que tudo ou quase tudo já está decidido!!!!!A bitola dos caminhos-de-ferro (distância entre os 2 trilhos) dos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas.
* Porque foi usado este número?
Porque era esta a bitola dos caminhos-de-ferro ingleses e, como os caminhos-de-ferro americanos foram construídos pelos ingleses, esta foi a medida usada.
* Porque é que os ingleses usavam esta medida?
Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças antes dos caminhos-de-ferro e utilizaram as mesmas bitolas das carroças.
* Porque era usada a medida (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças? Porque a distância entre as rodas das carroças deveria caber nas estradas antigas da Europa que tinham esta medida.
* E por que tinham as estradas esta medida?
Porque estas estradas foram abertas pelo antigo império romano aquando das suas conquistas, e estas medidas eram baseadas nos carros romanos puxados por 2 cavalos.
* E porque é que as medidas dos carros romanos foram definidas assim? Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalo!
Finalmente...
O vaivém espacial americano, o Space Shuttle, utiliza 2 tanques de combustível (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol no Utah. Os engenheiros que projectaram estes tanques queriam fazê-lo mais largos, porém tinham a limitação dos túneis ferroviários por onde eles seriam transportados, que tinham as suas medidas baseadas na bitola da linha, que estava limitada ao tamanho das carroças inglesas que tinham a largura das estradas europeias da época do império Romano, que tinham a largura do cu de 2 cavalos.
Conclusão:O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia é baseado no tamanho do cu do cavalo romano!