Cheguei a Figueras por volta das onze da manhã, no renfe…. A partir do Passeo de Gracea, Barcelona.
Aprovei para passar pelas brasas, à semelhança dos meus companheiros de viagem, depois de vários dias com muitos pedantes.
Já tinha feito uma visita virtual ao Teatro Museo de Dali, mas nunca me tinha perdido por aquelas paragens. Pelo caminho ia a imaginar a surpresa que os meus companheiros iriam ter, pois iam completamente desprevenidos. Só sabiam da minha insistência nesta visita, explicando-lhes apenas que era um museu invulgar, e que nada me faria desistir dessa deslocação de cento e tal km, nem frio, nem chuva...
A partir da estação, fizemos 10 minutos a pé até lá chegar.
Aprovei para passar pelas brasas, à semelhança dos meus companheiros de viagem, depois de vários dias com muitos pedantes.
Já tinha feito uma visita virtual ao Teatro Museo de Dali, mas nunca me tinha perdido por aquelas paragens. Pelo caminho ia a imaginar a surpresa que os meus companheiros iriam ter, pois iam completamente desprevenidos. Só sabiam da minha insistência nesta visita, explicando-lhes apenas que era um museu invulgar, e que nada me faria desistir dessa deslocação de cento e tal km, nem frio, nem chuva...
A partir da estação, fizemos 10 minutos a pé até lá chegar.
O que são dez minutos?
Uma verdadeira ninharia para quem tem engolido quilómetros.
Aproximamo-nos através do casario, pelo lado menos exuberante do velho teatro de Figueras, onde viveu Dali, nos últimos anos da sua vida, já sem a pressão megalómana de Gala.
Na entrada, todos estranharam: poder entrar com câmara de vídeo e fotográfica, sendo permitido fotografar sem flash, e não limitarem o número de visitantes.
Nós chegamos relativamente cedo, mas o comboio trouxe muita gente. Passados uns minutos o museu estava cheio de gente e o fluxo de visitantes foi aumentando. A fila para adquirir as entradas começou a ficar cada vez mais longa.
Deparamos logo a seguir à entrada com um pátio extraordinário, onde repousa o cadicallac de Dali, com uma estátua feminina, de gigantescas formas redondas, aplicada na parte da frente do automóvel, e com um barco invertido e suspenso a diversos metros de altura, que supostamente deixa cair água – Táxi Chuvoso.
Verificaram logo ali, que não estavam no interior de um museu qualquer, onde tudo é medianamente previsível e estereotipado.
Este museu já foi denominado por, caverna de Dali Babá, pois é um espaço cheio de surpresas, tratado pelo próprio Dali, e que não se limitou a ter a função de museu, este espaço foi sítio de inúmeras experiências exuberantes, que Dali fazia questão de promover e divulgar, escandalizando um pouco a sociedade e a própria comunicação social da época.
Há fotos de Dali junto ao Cadillac, com a sua famosa bengala apontando para uma bailarina de Barcelona que posava em fato de banho junto à gorda “Ester”, seguindo um qualquer ritual exotérico.
O pátio, penso que corresponderia à sala de espectáculos do antigo teatro, Dali procedeu a algumas alterações nas zonas mais afectadas pelos bombardeamentos da guerra civil espanhola.
O pátio, penso que corresponderia à sala de espectáculos do antigo teatro, Dali procedeu a algumas alterações nas zonas mais afectadas pelos bombardeamentos da guerra civil espanhola.
(cont.) Diário de Viagem, IV de 2007
1 comentário:
Como gostaria de embrenhar-me na magia e no deslumbre desse Mundo à parte?
O Pátio, o Museu, Dali! A Caverna! A obra, não do lugar ou de Dali, mas, de certeza, da Criação e do Seu intérprete e, ao mesmo tempo, Autor.
Com certeza vais explicar-me tudo!
Sigo as tuas narrativas com atenção, emoção e interesse.
Um desmedido interesse! Não ligo às horas do mostrador do tempo e do bater sonoro das horas. Isto é muito mais significativo.
Beijos.
Pena
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