Há fotos de Dali junto ao Cadillac, com a sua famosa bengala apontando para uma bailarina de Barcelona que posava em fato de banho junto à gorda “Ester”, seguindo um qualquer ritual exotérico.
Tudo dentro deste museu é um pouco anárquico. Sente-se liberdade e movimento constante, e
Há um percurso pré-determinado apenas para os visitantes terem a certeza que irão ver todos os espaços, mas não há nenhuma sequência lógica, uma organização cronológica. Os visitantes são muitos, uns seguem o percurso referido, outros não, há um turbilhão de pessoas a entrar e sair de todas vãos que o edifício contém.
As obras expostas permanecem nos lugares que o pintor estabeleceu, as obras mais conhecidas, não estão aqui, e sim espalhados pelos museus do mundo, excepto Labirinto e Toureiro alucinógeno. As esculturas, os objectos, os esboços são o que mais me agradaram, transparecendo o espírito ensaísta que havia em Dali, a constante procura pelas leis da física e pelos estádios da mente.
Acreditaria, ele, verdadeiramente em Deus?
Oiço os meus companheiros a dizer, que é impossível reter tanta informação de uma só vez.
Sorrio. Apanharam uma congestão Daliniana!
Vimos o Túmulo de Dali. Desconhecia que também estaria dentro do museu.
(cont)
Diário de viagem, IV/2007
2 comentários:
Este Museu deve ser de encanto. Deslumbrante!
As sensações de percursos anárquicos dos que os percorrem, devem ser originadas pela ansiedade de prestigiar e conhecer todos os recantos de Dali.
Pode ser que a existência do seu túmulo neste local, faça com que ele ressuscite e transforme todo o espaço, em sua honra e memória, bem vivos, cimentando ainda mais o seu talento e génio.
Sinceramente gostava de o visitar.
Continuo a seguir atentamente as tuas maravilhosas narrativas.
Escreves muito bem!
Beijos
Poliedro
Me deixa s´´o acompanhar-te com o meu silêncio nesta viagem
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