03 março, 2007

ARQUITECTURAS IMPOSSÌVEIS

Arquitecturas impossíveis

Aquilo que ocupa o espaço entre linhas em esquadria ou não, e permanece na zona do descontentamento e da insatisfação/frustração da nossa capacidade imaginária, nem sempre se converte em arquitecturas possíveis.


Estou a reanalisar Belvédère.

Durante muito tempo, Belvédère foi conhecida como casa-fastasma - representação tridimensional da não-realidade - que afinal não assustava ninguém, degenerando em Belvédère*.

Construção de três pisos, localizada no tempo renascentista, implantada numa colina, talvez Abruzos, na Itália meridional, rodeada de muitas outras e com vista para um vale imaginário de Escher.
Belvédère será um mirante, um miradouro, aqui seria mais própriamente um miravale, coberto, aberto, aparentemente elegante, mas profundamente disfuncional, repare-se no contraste entre os acessos.
(cont.)

* Belvédère - estrutura construída com o objectivo de se poder usufruir da vista. Uma belvédère pode ser construída na parte superior de um edifício, podendo assumir a forma de torre ou de cúpula.

1 comentário:

Anónimo disse...

Anabela:
Belvédère. Penso que esta construção/casa-fantasma-representação tridimensional da não realidade, desencantada da época Renascentista, faria o regozijo de muitos realizadores de cinema. Aproveitariam tudo, mas necessitariam dos teus briosos conselhos e da tua brilhante sabedoria. Não estou a brincar. Inserias lá todos os personagens, num enredo bem montado e cativante e farias um filme.
Será pura imaginação medíocre da minha parte?
Não sei. Só sei que o teu talento me ultrapassa e, só tenho que agradecer-te, o facto de seres minha amiga e estares sempre presente, escutando o que penso e o que digo. Talvez, o que penso não faça sentido, mas tu incentivas-me com determinação e apreço que, por vezes, não mereço.
Boa, Anabela.
Fico o registo e a imensa consideração e estima que possuo pelo que és e pelo que sentes.
Desculpa, a minha ignorância, mas sou assim.
Sempre a considerar-te.
Beijos.
Pena.