Recebi-a curiosa, e ansiosa porque aquele sitio é o único onde leio sem óculos. Apesar da minha hipermetropia avançada, conjugada com muita letrinha consumida, ali leio sem óculos, pois as revistas que existem nos cabeleireiros são tão xinfrim que dispenso os óculos. Para ver as fofocas medíocres, basta-me as imagens. Como fico com as orelhas meio coloridas também, não tenho onde apoiar os vidrinhos, e reforço a atitude, vejo mesmo só os bonecos e distancio a revista quando dá.
Mas uma revista AFRO!!!!!
Merecia um bom par de vidrinhos (julgava eu).
Revista Afro, acabadinha de estrear: Fevereiro 2008 nº 1, editora Impala.
Fiquei balançada com o título e desapontada com cada página que folheava.Afinal não passa de mais uma revista cor-de-rosa, mas com tendência exclusivamente marron.
Tudo muito cor de chocolate, as negras com sucesso e pouco mais… mas com sucesso nas telenovelas brasileiras, Thaises Araujos, mais as misses angolas, Micaelas super produzidas, modelos tipo Naomis, umas receitas de papaia com mais não sei o que, mesa vestida à angolana, decorações etno (um quadrito de parede com umas listas), a poligamia no homem africano, dossier especial noivas…
Parece que o objectivo é despertar o interesse de todos os interessados na cultura africana… hummm não estou a ver!!!
Depois apresenta-se como sendo a primeira revista portuguesa «para a mulher de origem africana».Mas isto agora é por raças??? Nas fotos não vi nem uma branquela…. Exclusivamente negros. Mas os africanos não se esgotam nos negros, assim como os europeus não se esgotam nos arianos branquelas. Que limitação, que falta de imaginação! Onde nós estamos? Depois queixem-se da xenofobia, dos preconceitos raciais, bla, bla, bla.
Merecia um bom par de vidrinhos (julgava eu).
Revista Afro, acabadinha de estrear: Fevereiro 2008 nº 1, editora Impala.
Fiquei balançada com o título e desapontada com cada página que folheava.Afinal não passa de mais uma revista cor-de-rosa, mas com tendência exclusivamente marron.
Tudo muito cor de chocolate, as negras com sucesso e pouco mais… mas com sucesso nas telenovelas brasileiras, Thaises Araujos, mais as misses angolas, Micaelas super produzidas, modelos tipo Naomis, umas receitas de papaia com mais não sei o que, mesa vestida à angolana, decorações etno (um quadrito de parede com umas listas), a poligamia no homem africano, dossier especial noivas…
Parece que o objectivo é despertar o interesse de todos os interessados na cultura africana… hummm não estou a ver!!!
Depois apresenta-se como sendo a primeira revista portuguesa «para a mulher de origem africana».Mas isto agora é por raças??? Nas fotos não vi nem uma branquela…. Exclusivamente negros. Mas os africanos não se esgotam nos negros, assim como os europeus não se esgotam nos arianos branquelas. Que limitação, que falta de imaginação! Onde nós estamos? Depois queixem-se da xenofobia, dos preconceitos raciais, bla, bla, bla.
Podia ser uma boa revista! Se se evitasem os lugares comuns e o seguidismo fútil dos modelos da imprensa cor de rosa europeia, pois há um universo de coisas interessantes a divulgar. Afinal continua a mesmisse de sempre, estilo Maria, e de Afro só tem mesmo a predominância do castanho.
Fiquei francamente decepcionada.
Esta é uma opinião muito pessoal.
Fiquei francamente decepcionada.
Esta é uma opinião muito pessoal.
4 comentários:
Amiga Anabela:
Quando compro uma revista tento folhear um pouco para ver se se trata de alguma coisa insensata, violenta ou daquelas cor-de-rosa que não interessam a ninguém. Selecciono-as. Tenho uma predisposição para todas as revistas de Psicologia. Infelizmente, era assinante de uma que se extinguiu. Faço por seleccioná-las.
Tu e a África, compreendo-te. Nem deu para dar uma olhadela prévia antes de comprá-la. Entendo perfeitamente, pois raream ou são inexistentes.
Ainda estou em Madrid. Vou amanhã.
Muitos falarão do sonho americano, tu falas de sonho africano. Prefiro o segundo como de certeza tu também. É mais puro, mais belo, sem complicações imperialistas ou decisões atolamadas. Sei que compreendes.
Brilhante Carnaval, é o que te desejo.
A tua fluidez de escrita é avassaladora.
Escreves deliciosamente.
Sempre a ler-te com encanto
Bj amigos de respeito e consideração
pena
Até amanhã.
Ainda não vi essa revista, mas se é como dizes nem vale a pena procurar.
Bom carnaval, deves estar lá pelos nuestros hermanos, não?
BJ
Mª João
Tens toda a razão, muito embora eu não conheça a revista.
Mas tens de pensar que se tu fosses a directora da revista, ainda que com qualidade que estou a imaginar de uma coisa dessas construída por ti, podes ter a certeza que quase ninguém comprava.
O segredo para vender é não ter qualidade nenhuma e encher com fotos a sublinhar as fofocas.
Quem matou a princesa Diana, por exemplo, foram os compradores dessas revistas, que pagam fortunas aos paparazi pelas fotos.
Beijinhos (sem máscaras...)
eu concordo totalment cm esta critica.acho q mais do que sabermos o q come,calça e veste a miss modelo manequim do ano do seculo, e crucial q conhecamos as lutas,as derrotas e desilusoes d mulheres q abandonaram os seus paises com a perspectiva d procurar um mundo melhor.encontram?nao encontram?revista afro devia entrevistar as ajudantes d cozinha,empregadas domesticas,operarias fabris,as afrikanas d verdade e nao as "africanas" q ate tem preconceito cm o seu proprio cabelo e usam perucas p terem o cabelo igual ao das caucasianas.
e so 1 ideia
mas a revista e futil e despropositada,tendo em cnta o seu conteudo
Enviar um comentário