Sobre as mulheres pesam diversas violências.
Na China desde o século que X que as chinesas padecem de uma tortura continuada relacionada com os seus pés.
Cada sociedade tem as suas preferências, as suas fantasias, as suas opções estéticas sobre o que as rodeiam e inclusivamente sobre as pessoas.
Entendia-se na época, lá na China e durante mais uma dezena de séculos, que pés sensuais e eróticos seriam pézinhos pequenos, minúsculos… que não excedessem 8, 10 cm de comprimento ou seja, a dimensão do pé duma criança de 6, 7 anos. Uma mulher era tanto mais charmosa e sensual, quanto menores fossem os seus pés… mesmo que para isso tivesse muita dificuldade em andar. Isto era os homens a pensar, obviamente!
Assim desde a mais tenra idade, as chinesinhas viam os seus pés violentamente enfaixados, para que estes não crescessem em comprimento, dobrando os dedos para a parte inferior do pé e arqueando-o o mais possível, alterando dia após dia, o crescimento da estrutura natural dos pés.
O normal seria os pés crescerem até aos vinte e poucos centímetros; contrariar este processo, implicava um sofrimento torturante de noite e de dia. È impossível avaliarmos, sem ver. Isto acabou em 1949; ainda hoje existem algumas mulheres que padecem desta barbaridade que fizeram com elas.
E o que me dizem das mulheres que ainda acham bonito usar sapatos apertados, pontiagudos e com 10 cm de salto? Não estarão a querer pôr os olhos em bico?
É tão bonito ter os pés direitinhos, sem calos, nem joanetes!
Alguém teve oportunidade de observar os pés de Rudolf Nureyev? Catastróficos? Indescritivelmente feios e deformados também! Mas aí a tortura era outra, o balett! O treino durante anos em pontas, capazes de suportar o seu peso e de mais uma companheira, fez com que o dedo maior dos seus pés se desenvolve-se de uma forma abismal, com forma de suporte estável, de garra. Vi e não gostei. Associei a forma à pata de avestruz. Simplesmente horrível!
3 comentários:
Popilas... as coisas que tu sabes.
Mas tem gente que tem mesmo gosto em sofrer.
BJS
Não imaginaria!
Ana Afonso
Calço 42 e não sou mulher.
Sou patudo e, digo-te com sinceridade, não gostaria de uma mulher assim.
Bela pesquisa, como sempre.
Beijos e estima
pena
Enviar um comentário