22 abril, 2008

Sindroma de Burnout

Síndroma dos Professores
O síndroma de Burnout em professores é conhecido como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de leccionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, o síndroma de Burnout geralmente reconhece-se pela ausência de alguns factores de motivação: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, ideias, concentração, autoconfiança e humor.
Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de stress estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o stress no trabalho afectava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de stress nesses professores:


- Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
- Atitude e comportamento dos administradores/gestores/directores;
- Avaliação dos administradores/supervisores;
- Atitude e comportamento de outros professores/profissionais;
- Carga de trabalho excessiva;
- Oportunidades de carreira pouco interessantes;
- Baixo status da profissão de professor;
- Falta de reconhecimento por uma boa aula;
- Alunos barulhentos;
- Lidar com os pais.

Os efeitos do stress são identificados, na pesquisa, como:
- Sentimento de exaustão;
- Sentimento de frustração;
- Sentimento de incapacidade;
- Transportar o stress para casa;
- Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
- Irritabilidade.

As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o stress são:
- Realizar actividades de relaxamento;
- Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
- Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
- Discutir os problemas com colegas de profissão;
- Tirar o dia de folga;
- Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.

Quando questionados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o stress, as estratégias mais mencionadas foram:
- Dar tempo aos professores para que eles colaborem/conversem;
- Prover os professores com cursos e workshops;
- Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
- Dar mais assistência;
- Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
- Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola/melhor comunicação com a escola.

Como se pode ver, o Burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afecta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de factores motivacionais acarreta o stress profissional, fazendo com que o profissional largue seu o emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.


Adaptação wikipédia

3 comentários:

Pena disse...

Simpática Amiga Anabela:
Este Sindroma de Burnout, que desconhecia existir, deve afectar 80 a 90% da camada docente dos nossos colegas, acredita?
Exaustos, persistentes, activos, profundamente envolvidos, sujeitos às maiores injustiças, empenhados no que fazem pelo mundo juvenil, humilhações de todo o âmbito injusto e a despropósito, sem tempo para eles próprios, viverem desencantados com as situações que lhes querem impor.
É um assunto sério com o qual a instabilidade emocial e profissional terá de se precaver ou então ficaremos sem docentes em Portugal. Seria triste.
Outro dia fiz um Post no meu "recanto" da escrita sobre a tristeza que vejo nos rostos gastos da nossa sala de professores, onde outrora morava a alegria, a simpatia, o encanto pela profissão, a delícia em existir. A sala fala, sabes?
E, conta tanto. O que ela já ouviu murmurar? O que ela sente na sua sigilosa presença confidente e pactuante com os que recebe no seu seio? Confidente eterna? Secreta amante de ternos rostos empenhados que discutiam e se preocupavam com os alunos e agora falam em Decretos-lei?
Repara agora? Observa atentamente?
Verás o que eu vejo clara e inequivocamente.
Onde habitava a satisfação, reside o desânimo. São profissionais que só querem o bem-estar e felicidade tanto dos seus como dos alunos. Vivem ansiosos, irritados à mínima coisa, profundamente desencantados.
Porquê tanto desencanto? Tanta amargura?
Olha, beijinhos amigos, sim?
Brilhante Post.
Assim, vai o ensino em Portugal...!!!!!!!!!!!!!!!!!
Com estima, consideração e imenso respeito

pena

Anabela Quelhas disse...

Pena: O nosso estimado colega Eduardo abordou este tema na tese que esceveu.
Bj

Anabela Quelhas disse...

Pena: O nosso estimado colega Eduardo abordou este tema na tese que esceveu.
Bj