03 dezembro, 2006

VAZIO em continuação


Convém distinguir entre o vazio, o nada e o vácuo – três “figurinhas” que nos dão cabo dos neurónios, quando acordamos à 4 horas da manhã, com a boca a saber a papel de música.
O vácuo é mais que vazio, e vazio é mais do que nada, o nada não existe.
Reparem,

- o vácuo é um espaço não ocupado por matéria, mas ocupado por energia e luz.
- o vazio é um espaço que nada contém mas existe como espaço.

- do nada nem se pode dizer que está esvaziado de tudo, porque no nada, nada existe, em sítio nenhum, assim o nada, fisicamente não existe pura e simplesmente, no entanto existe processado pela nossa mente.


António Gedeão referia que o Universo é feito de coisa nenhuma.
Heidegger e Sartre defendiam que o nada afinal seria uma entidade de existência real oposta ao ser.
Afinal, com tanta gente a reflectir sobre o vazio, leva-nos a ter a certeza que existe e deve ter um grande peso, para atrair tanto neurónio.
Já que se fala de vazio ou seja de quase nada, importa lembrar Gilles Lipovetsky que escreveu um ensaio sobre “A Era do Vazio”.

Talvez o vazio das mentes e das consciências nos diga mais, do que as experiências físicas de universos de electrões, protões e neutrões.
Toda a mediocridade produzida pelo capitalismo e pela sociedade consumista, empurra-nos para uma despersonalização humana, ausente de valores e traduzida numa apatia politica, autentica ditadura do vazio, que se expressa no dia a dia através do deixa andar, do não tomar partido, do não ser politico, do não discutir, do não questionar, do não votar,… do olhar apenas para o nosso umbigo instalado num espaço vazio.

4 comentários:

João Carlos Carranca disse...

Aspirina precisa-se

Pena disse...

Olha! Sabes o que eu penso? Penso exactamente o mesmo que tu. O vácuo, o vazio e o nada existem na ausência. O calor humano entre as pessoas é feito de pequenas coisas sem importância, a priori supérfluas, onde existem muitas coisas que não se descortinam, não se percebem. O pensamento das pessoas quando é oco de sentimentos e emoções considero-o vazio, oco, nada, porque não entende que tudo o que Deus criou, criou para que existisse respeito e amor entre as pessoas. Quando isso não acontece, a vida para mim, é oca de significado, é oca de inteligência. È tudo o que descreveste tão bem. Desculpa, eu ser assim! Tão nada, tão vácuo, tão vazio! Não ligues, até porque não faz sentido. Eu sou assim!

Pena disse...

Esqueci-me de te dizer uma coisa.
Sabes que eu devo viver noutra galáxia onde tudo é entendimento e tudo brilha para mim. Devo viver com valores e princípios que defendo como: preservar o valor da família que é a minha, a amizade sincera e solidária, o amor sincero! E, isto não é o vazio. Não é o vácuo. Não é o nada. Não achas? Sei que sim e, é por isso, que como te disse, quando abro o computador páro sempre aqui.
Não sei se isto era para dizer no teu blog. Por isso, desculpa. Repito:Eu sou assim! Vivo e vivi sempre noutra galáxia, muito distante daqui.
Beijos.

Pena disse...

Desculpa-me ter esquecido de acrescentar algo que me parece importante. Sabes, é que eu vim doutra galáxia distante de nós, onde tudo brilha, é puro e cintilante. Nada é nada. O vácuo é inexistente. O vazio não é vazio. Mais: os seus habitantes respeitam os valores e os principíos sinceros da preservação da família, da amizade e do amor. Nada é oco, sem sentido! Vive-se em perpétua felicidade e harmonia. Dá para pensar um pouco se se quiser pensar um pouco. E, é por isso, que quando ligo o meu computador venho sempre parar aqui. De futuro vou ter mais cuidado quando utilizar as palavras: vazio, nada e vácuo, em face do que escreveste, menos ao acaso, menos à toa. Quanto a essa galáxia distante é só para alguns. Acreditem que existe ou não! Não sei se este será o comentário mais adequado para colocar no teu blog.
Abraço.