30 dezembro, 2006

Como correu o Natal? (cont)

Aproveitei o cima do aparador, para colocar o presépio, enquadrado entre as rabanadas, filhoses, sonhos e tudo aquilo que põe o colesterol saciado, o que foi enriquecer a perspectiva da manjedoura e das palhas do menino, num bom gosto, que se requinta ano após ano.

Engraçado que nem o menino Jesus cresce, nem a Nossa Senhora envelhece, nem o S. José adoece das cruzes, nem a consoada muda de dia. Tudo sempre igual, naquela monotonia recheada de azevinho e muito pinheiro de natal!
A vaca continua vaca, o burro continua burro com duas orelhas, e os três reis “magros”, marados pela astronomia, continuam naquela perseguição astronómica da estrela com cauda, convencidos que vão presenciar um encontro imediato de vários graus, e que tem a xateza da repetição anual, tendo de dar pelo nome de, Baltasar, Belchior e Gaspar… e de carregar o ouro, o incenso e a mirra, sempre de lado, em cima de um camelo, que percorre o deserto, seguindo a loucuro do seu dono. O ouro, o incenso e a mirra ninguém sabe para que servia aquilo, pois o trio precisava mesmo duns biberons de leite, umas fraldas, e uma gase para o umbigo do filho de Deus … seguiram a tal estrela, mas cá pra mim, o que os orientou mesmo, foi o cheiro a caril ou a açafrão!

Sobre o ouro…que eu me lembre nunca ninguém me ofereceu ouro pelo Natal, o que está mal!!!! afinal deviam, isso é que é presente de reis?… incenso e mirra, desconheço! Nem sei se é vegetal, animal ou mineral.

… será que era aquela jarreta que a tia Hemengarda me ofereceu há dois anos, e que eu coloquei no sitio mais perigoso e desiquilibrante da casa, cai não cai, teria incenso? Não reparei quando atirei com os cacos no lixo. Ou terá sido aquele perfume “já cheguei, estou aqui” que eu rapidamente reofereci, à prima Ofélia que tem a sorte de ter perdido o olfacto? nã!!!! os livros do Dan Brown, que a cunhada acha que eu leio em repetição, tipo rodísio, varias vezes ao ano…esses regressam à livraria para outros incautos compradores, normalmente só leio um livro, uma única vez…desconheço por falta de apresentação desses presentes da tal mirra etc e tal! Quando muito um licorzito dentro dum baci!
Ahhh estou a ver, a mirra é aquela cena de polvilhar as filhoses!!! Será que substitui o pó de talco e o halibut? (acho que continua)

2 comentários:

Pena disse...

Onde está o segredo do ajustamento do cérebro a tanta criatividade?
Um dia, espero que mo expliques.
Tenho fé e imensa curiosidade.
Abraço

Anónimo disse...

"Ahhh estou a ver, a mirra é aquela cena de polvilhar as filhoses!!! Será que substitui o pó de talco e o halibut?"

um pequeno fragmento de tantos que gostei.

Acho mesmo que mirra é um ar que se deu à gente que era mais alta há uns anos atrás...

Boas Festas e um dia quero ser convidado para reduzir o espaço vazio entre gentes.