17 novembro, 2006

Moram em mim




Moram
em mim
imagens
ausentes,
desbotadas
deformadas…
Duma dor
Primeira,
cortante
como o aço,
que faz do tempo,
um abismo
sem cor,
cifrada em
separação,
angústia,
incerteza,
por vezes desistência
de um destino
entrelaçado
numa rede
juvenil,
tecida
hora a hora,
numa janela…
e desfeita
dia após dia
num labirinto
de avenidas,
numa meada
de decisões,
mas que resta…
e que permanece.
Ana d' Or

2 comentários:

Pena disse...

Que bonito! Poesia simples e encantadora. Parece fluir dentro do leitor como magia, bem real.
Lindo!!!Lindo!!! Enternece.
Um Abraço.

João Carlos Carranca disse...

Como as letras soam como os tempos guardados em sacos de vento
jinhos