SEM AUTORES NÃO HÁ CULTURA
O Dia do Autor
Português comemora-se anualmente a 22 de Maio. Este dia dá destaque ou alerta
para a importância dos autores portugueses nas diferentes áreas, destacando a
sua importância no desenvolvimento da cultura e no equilíbrio das comunidades.
Sem autores não há
cultura, porém
vivemos numa sociedade materialista, que não valoriza ou não atribui crédito
suficiente aos autores. A importância destes, centra-se na capacidade
individual ou colectiva de criar algo que acrescenta à cultura de uma
sociedade, mexendo com o pensamento de muitos e accionando o desenvolvimento
social, político, artístico, científico, filosófico, humanista e histórico. A intelectualidade
da humanidade é o resultado da acção temporal dos autores, daqueles que possuem
competências para repensar, alterar e melhorar tudo o que os rodeia, atendendo
ao conhecimento prévio, às circunstâncias e à criatividade que transportam sempre
com eles.
É a habilidade de
pensar “fora da caixa”, de encontrar soluções únicas para problemas, e de
expressar-se de forma original que fazem a diferença entre autores e não
autores. Esta capacidade para “fazer” não é um dom inato, mas sim uma
habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada com prática, estudo, empenho
e exposição a diferentes estímulos.
A escrita é
provavelmente a forma mais simples e rápida de agir, de fazer, permite que as
informações sejam registadas e preservadas ao longo do tempo, possibilitando também
o acesso a conhecimentos do passado. A escrita é uma ferramenta essencial para
a comunicação humana, que tem sido fundamental para o desenvolvimento da
cultura e da sociedade ao longo da História, abordando e registando também as
outras formas de “saber fazer”, artísticas e cientificas, que abrem novas
perspectivas ao mundo.
O dia 22 de Maio assinala
igualmente o aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e, este ano,
o seu primeiro centenário. Para quem não sabe, a SPA é uma cooperativa de responsabilidade
limitada, fundada em 1925 para a Gestão do Direito de Autor, nos termos da
legislação em vigor.
Isto diz-lhe alguma
coisa? Direitos…, plágio…, cópias…, apoderar-se daquilo que não lhe pertence?
Sim, quem é autor possui
os seus direitos que nem sempre são respeitados, ou seja, não se pode copiar
aquilo que outros criaram. Direito de autor, também chamado copyright, confere
aos titulares de criações intelectuais do domínio literário, científico e
artístico, o direito exclusivo de dispor da sua obra e utilizá-la, ou autorizar
a sua utilização por parte de terceiros, total ou parcialmente. Mesmo quando
uma obra é do interesse de uma comunidade, nunca se pode romper o fio de
ligação ao seu autor.
“O seu a
seu dono”
Publicado em NVR, 21|05|2025
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