11 março, 2025
10 março, 2025
"VOU DAR DE BEBER À DOR" - Alberto Fialho Janes
08 março, 2025
AS MULHERES E A CIDADANIA
Garantir a cidadania das mulheres: A indiferença e outros obstáculos.
Tema para reflexão e acção.
Mais logo estarei com mulheres com M grande, aquelas que
não suportam a agressividade, a falta de assertividade e que não aceitam a desvalorização
das suas parceiras.
VIOLÊNCIA NUNCA!
Nunca branqueie uma situação de violência contra alguém no
feminino.
Compadecimento para com aquelas, menos astutas, menos
capazes, menos audazes, menos reactivas que tudo aceitam para sobreviver.
Vamos criar laços de empatia para garantir a cidadania feminina e revalorizar a identidade.
MULHERES EM TODOS OS QUADRANTES.
Até já.
07 março, 2025
"ELAS" - Maria Teresa Horta
05 março, 2025
DILEMA DO OURIÇO
"Dilema do Ouriço"
O "Dilema do
Ouriço" é uma situação hipotética concebida por Arthur Schopenhauer,
filósofo alemão do século XIX. Uma poderosa metáfora, que ilustra a
complexidade das relações humanas, especialmente em contextos amorosos.
“Num dia frio de Inverno,
dois ouriços (ou porcos espinhos) aconchegam-se um ao outro para se aquecer.
Mas logo os seus espinhos aleijam mutuamente. Então eles separam-se, porém, o
frio força-os a voltar a ficar juntos, e é claro que eles acabam a magoar-se
novamente.
Então os ouriços
finalmente encontram um equilíbrio: longe o suficiente para não serem agredidos
pelos espinhos, perto o suficiente para estarem um pouco aquecidos. Um
compromisso que os deixa insatisfeitos, mas é melhor do que nada.”
A situação dos ouriços,
que se devem aproximar para se aquecer, mas, ao mesmo tempo, precisam evitar
que se magoem com os seus espinhos, reflecte a luta entre a intimidade e a
necessidade de espaço nas relações, ou seja, a liberdade de cada um.
Schopenhauer argumenta
que é melhor estar sozinho, ser a sua própria fonte de calor. Ao mesmo tempo,
ele reconhece que isso não é possível para a grande maioria das pessoas: os
humanos são animais sociais. Então ele aconselha-nos a "manter
distância".
Nas relações não vale
tudo. É necessário criar uma faixa neutra de conforto para os dois, onde a agressão
e a defesa se neutralizem, no limite comum da liberdade individual.
As relações humanas são
muito complexas. Há quem precise de carinho, mas, ao mesmo tempo, tenha medo de
traições e decepções. Por isso, escolhe viver sozinha, auto respeitando-se
acima de tudo.
Na vida diária, as
pessoas enfrentam, frequentemente, este dilema, de como se conectar com os
outros sem perder a sua identidade, individualidade ou causar dor. Essa
dinâmica torna-se ainda mais evidente e profunda, por vezes com consequências
desastrosas, em relacionamentos amorosos, onde a proximidade emocional pode ser
acompanhada por tensões e conflitos inevitáveis. A busca por um equilíbrio
saudável entre estar próximo e manter uma certa distância é essencial para o
bem-estar de ambos os parceiros.
A comunicação, segura,
continua, respeitosa e sobretudo leal, é uma das chaves para navegar esse
dilema. Ser aberto e honesto sobre sentimentos e limites pode ajudar a
construir uma base sólida de confiança, compreensão e cumplicidade. Além disso,
o amor-próprio é fundamental; quando cada um se sente seguro e valorizado
individualmente, é provável que possam unir-se de maneira saudável e harmónica.
Freud, ao mencionar a
fricção entre amor e ódio, acrescenta uma camada adicional à discussão sobre
relacionamentos. Reconhecer que essas emoções coexistem e não poder evitar conflitos, pode ser libertador, retira-nos alguma responsabilidade sobre
o assunto. Aceitar que a imperfeição é parte da experiência humana pode ajudar
os casais a lidar melhor com as dificuldades e a fortalecer o seu vínculo, onde
a lealdade, a transparência e a inteligência emocional são parâmetros
essenciais.
Em suma, o "Dilema
do Ouriço" serve não apenas como uma reflexão sobre a natureza das
relações, mas também como um convite à introspecção e ao crescimento pessoal,
fundamentais para o desenvolvimento de conexões significativas e duradouras.
Publicado em NVR 05|03|2025
"MENINA DOS OLHOS TRISTES" - Reynaldo Ferreira
Poema
musicado pela primeira vez em 1964, por Adriano Correia de Oliveira e mais
tarde, por José Afonso. Em ambas ocasiões, foi alvo da censura, por abordar o
tema dos soldados mortos na guerra, contudo, a canção acaba por circular pelos
meios clandestinos.
O poema e a música não expressam apenas a
tristeza individual, mas também denunciam as consequências devastadoras da
guerra e do colonialismo, temas recorrentes nas suas obras. A canção torna-se
um hino de lamento colectivo, reflectindo a dor de uma nação marcada por
conflitos.
A dor da
menina é a visão daqueles que ficaram e observaram aqueles que amavam partir. E
finalmente a caixa de pinho e que nunca mais se fará ao mar, dá a entender a
morte em combate, representando todas as vidas perdidas na guerra colonial, que
regressaram dentro de um caixão.
https://www.youtube.com/watch?v=OsY20ZTLWDU