16 outubro, 2024

Quem é Han Kang


 Quem é Han Kang 

Han Kang é uma escritora da Coreia do Sul, nascida em 1970 e sobre a qual nada sei, o que não lhe retira valor.  

Ela nasceu em Gwangju e aos 10 anos, mudou-se para Seul com a família. O seu pai é um romancista de renome.

Possui formação literária e a sua carreira é recheada de prémios literários. A sua obra mais conhecida é “A Vegetariana” e parece ser tema central da sua obra, a relação da humanidade com a natureza, tão valorizada e publicitada actualmente.

Tem apenas quatro obras traduzidas para português: “Lições de Grego” (2023), “O livro branco” (2019), “Atos Humanos” (2017) e “A Vegetariana” (2013).

É a 18.ª mulher a receber o Prémio Nobel da Literatura. A Academia Sueca justificou a escolha de Han Kang pela “sua intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe as fragilidades da vida humana. A autora tem uma consciência única das ligações entre o corpo e a alma, os vivos e os mortos, e, com o seu estilo poético e experimental, tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea".

“Despedidas impossíveis” o novo romance de Han Kang será publicado em Portugal ainda este ano.

Dediquei-me à pesquisa na internet, consultei cerca de 15 sites e apenas consegui recolher o que aqui partilho, o que é pouco. É curioso que todas as minhas fontes de informação repetem apenas a justificação da Academia, percebendo-se o desconhecimento ou a pouca valorização literária no mundo ocidental.

Ganhar o prémio Nobel é abrir a porta do mundo, atraindo a atenção de muitos leitores, o que poderá implicar num grande aumento de vendas dos seus livros. Veremos o que vai acontecer, se ela terá “estofo para se aguentar às balas”. 

Com muita pena minha, temos atribuído mais um Prémio Nobel da Literatura, sem o nome de António Lobo Antunes, escritor com uma obra literária, extensa, de grande qualidade e traduzida em mais de vinte idiomas. Não sei se já sou eu, com esta birra tendenciosa, de o avaliar sempre melhor do que aos outros, por gostar demais da sua obra e da sua personalidade, ou se de facto é preciso uma grande “máquina” de publicitação e pressão para quem está em Estocolmo, abrir a pestana. Falta uma Pilar na vida de António. Estou triste, porque este seria um ano decisivo. Só comprarei o livro “A vegetariana”, quando me passar esta telha… até o título não me atrai! Encontro-me em dieta, em estado alucinatório, observo preocupada o vendaval da minha janela e até já vejo as tripas aos molhos e as francesinhas a pairar ao nível da mesma.

Publicado em NVR 16/10/2024

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