25 novembro, 2023

ORANGE THE WORLD


Os valentões que gostam de andar ao pontapé e ao chapadão, devem escolher parceiro que possa devolver no dobro a dose de violência. Caso contrário, qual é a piada?  Quando um homem bate numa mulher desceu ao degrau mais baixo da cidadania e da boçalidade. Pode ter toda a razão do mundo, mas perde-a no acto animalesco que é bater em alguém fisicamente mais frágil.

Na nossa sociedade, infelizmente, anda muito instinto violento disfarçado de homens aparentemente decentes, com quem cruzamos na rua, que encontramos no local de trabalho, que se sentam ao nosso lado no metro, porém, em algum momento das suas vidas deixam de ter controle do seu instinto e assumem a sua inteligência fraquinha e a sua personalidade nojenta. 

Os especialistas constatam que não existe um perfil típico do agressor e que há vários tipos de violência, mesmo assim, a existência de diferentes tipos de agressores não significa que algumas formas de maus-tratos não sejam graves e condenáveis. O facto da violência de um homem ser menos frequente ou menos intensa do que a de outro, não torna o seu comportamento justificável. Não existe violência “aceitável”. E quem bate uma vez, bate duas ou três.

Aquela justificação primária “perdi a cabeça” é a justificação mais imbecil que conheço. Quando perdem a cabeça, fustiguem-se, bebam azeite a ferver, pendurem-se do lado exterior da varanda, será o melhor exemplo que podem dar aos seus filhos ou à sua família.

Mas porque é que os homens agridem as mulheres que lhe são próximas? Porque querem afirmar a sua suposta superioridade, porque não suportam ser contrariados, porque lhes falta poder de argumentação, inteligência emocional, porque fazem renascer o seu machismo vil e bafiento (fico-me pelas palavras mais bonitas e aquelas que a minha educação permite).

Orange the world – movimento internacional que combate a violência contra as meninas e as mulheres  - 25 de novembro de 2023.

“A violência contra as mulheres e doméstica é uma grave violação dos direitos humanos e uma forma de discriminação com impacto não apenas nas vítimas, mas na sociedade no seu conjunto.(…)

A Convenção de Istambul reconhece que a violência contra as mulheres e a violência doméstica é um problema de saúde pública, assim como educacional, social, de segurança e criminal – assumindo diversas formas, como a violência doméstica – onde se inclui a violência no namorou a mutilação genital feminina.” (…)

https://www.cig.gov.pt/area-portal-da-violencia/enquadramento/

“Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica, envie uma mensagem para a Linha SMS 3060 ou ligue 800 202 148. Esta linha é gratuita, funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia.”


 

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