07 julho, 2008

Se a falta de petróleo incomoda muita gente, a falta de água incomóda muito mais.




Se a falta de petróleo incomoda muita gente
A falta de água incomoda muito mais


Vamos tendo cada vez mais consciência, que isto aqui onde vivemos, não é uma bola de terra que se entretém a girar à volta do sol, tipo boomerang, confortando-nos com uma sucessão de noites e dias monotonamente parecidos, onde tudo parece definitivamente estável, inscrito num triangulo equilátero, com a base menor bem assente no plano das nossas consciências. Temos vindo a evoluir, na barra cronológica, ora lembrando, ora esquecendo os nossos antepassados Gregos e da sua poderosa deusa Gaia, explorando e esgotando selvaticamente, cada vez mais os seus recursos. Se ficamos com alguma dor na consciência, logo recorremos ao analgésico, cabeça enterrada na areia, assobiamos para o lado e o dia seguinte é outro dia.
Já houve alguém que avançou com a possibilidade do paraíso ter existido lá para os lados do Tigre e Eufrates; interrogamo-nos porque haveríamos nós de estar do lado de fora e assim ….e já que não nos cobraram nada na entrada porque não haveria o paraíso de estender-se até cobrir toda a crosta terrestre?
Nunca nos interrogamos se o paraíso teria limites, se teria passado e futuro.
Existia e pronto. Tinha árvores e maçâs e chegava.
Deduziamos que não teríamos de acordar cedo, nem teríamos hora para dormir, e para comer era só estender o braço… fora o resto.

A instabilidade do acesso ao petróleo, começa a despertar as nossas consciências e afinal às tantas o triângulo é equilátero, mas estará apoiado num susceptível, vulnerável e hipersensível vértice, capaz de num momento para o outro, dar um daqueles espirros estridentes resultantes duma forte corrente de ar e imprimir ao triângulo um movimento geometricamente acelerado daqueles de nunca mais se lhe põe a vista em cima.?
O petróleo vai acabar um dia e a água acabará também. Se a falta de petróleo incomoda muita gente, a falta de água incomoda muito mais. Isto faz-me lembrar a musiquinha/lengalenga irritante do elefante. Para afligir basta a primeira comparação.

Será tudo isto finito?…. a terra mexe, será um organismo vivo, como eu ou como tu, e a sua saúde conta com tudo o que lhe habita? O planeta terá de facto capacidade de controlar sua temperatura, atmosfera, salinidade e outras características que mantêm o nosso lar, doce lar confortável, com condições ideais para a existência da vida? Não vale a pena preocupar???? Terá ela capacidade de se recuperar, reorganizar e auto-regular?
Eu gostaria de acreditar que sim, mas já acreditei no pa
raíso e afinal!!!!!!!.....

2 comentários:

Lídia Craveiro disse...

Sempre a tratei como ser vivo. Como tal deve ser finito, numa finitude que se adivinha todos os dias em reacções de quem começa a estar doente com tantos humanos a poluir. Bonito texto, como sempre.
Abraço
Lidia.

Anónimo disse...

Alguns dizem que não é um ser vivo porque não tem a capacidade de se reproduzir. E esta heim?!