08 setembro, 2024

BAIONA

 Baiona, deve-se a Diomedes de Etolia, filho do fundador de Tui. Quando os romanos invadiram a Península Ibérica no séc XII A.C., tentaram igualmente conquistar Baiona, mas tal foi impossível devido à oposição de Viriato (o nosso?). Um século depois organizou um exército aqui para expulsar aos hermínios das Ilhas Cíes.

Em 1201, quando Alfonso IX de León concedeu à antiga «Erizana» o actual nome, Baiona e deu-lhe privilégios para o comércio marítimo. Baiona abandonou o vínculo ao Mosteiro de Oia e tornou-se uma das vilas costeira mais importantes da Galiza.

Pelo seu valor estratégico, foi atacada no séc. XIV por portugueses e ingleses, levando à quebra até 1425, ano que Juan II deu um novo impulso a Baiona, declarando que juntamente com a Corunha, seriam os 2 únicos portos marítimos com capacidade de importar e exportar mercadorias.

Foi em 1493 que chega ao seu porto, a Caravela Pinta, dando em primeira mão a notícia do descobrimento da América.

Em 1497 os Reyes Católicos concederem vários benefícios a Baiona, ordenando a população a viver dentro das muralhas da fortaleza de Monte Boi.

No séc XVI, volta a ser atacada por frotas estrangeiras, entre elas a do pirata inglês Drake, que foi expulso pelo conde de Gondomar.

O centro histórico de Baiona é considerado um dos mais bens cuidados e preservados da Galiza, tendo sido declarado pela Junta da Galiza, em 1993, como Conjunto de Interesse Histórico-Artístico. Pequeno, granítico, mas charmoso, o casco antigo tem tudo o que se pode esperar deste tipo de espaços: casas antigas de granito, igrejas e cruzeiros seculares, fontes, ruas e ruelas estreitas de pedra, ou pequenas praças escondidas, com cafés e restaurantes típicos. É de realçar o Cruzeiro da Santíssima Trindade, a Capela de Santa Liberata ou o Convento das Dominicanas. Os espaços exteriores são cuidados e limpos e aproveitados para zonas de lazer ligados à restauração. A escala humanizada, converte esta urbanidade atractiva.



No Paseo Ribeira encontra-se o Azulejo de la Arribada. Este impressionante conjunto de arcos decorados com elementos comemorativos remete-nos para a data da Descoberta da América. Na fachada virada para a praia, podemos admirar um mosaico de azulejos que representa um mapa detalhado das rotas seguidas pelas caravelas La Niña e La Pinta, que chegaram a Baiona, na sua histórica viagem de regresso a Espanha. Este magnífico azulejo foi generosamente doado pelo talentoso artista Moisés Álvarez à Câmara Municipal de Baiona em setembro de 1962.

O Azulejo da Arribada é composto por cento e oitenta azulejos cuidadosamente colocados, que representam as rotas seguidas por Martín Alonso Pinzón e Cristóvão Colombo a bordo das caravelas Pinta e Niña em seu retorno do descobrimento. Essas rotas levaram essas históricas embarcações a Bayona e Lisboa, respectivamente. Este fascinante conjunto faz parte da Rota Pinzoniana, um itinerário repleto de descobertas e aventuras.

Destaque:

- Santos de roca localizados na igreja da Misericórdia, que desconhecendo-se a sua função e a sua circunstância, surgem como pavorosos.

- Escultura contemporânea dedicada à viagem de Magalhães

- Arroz de lavagante.

Diário de viagem AQ





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