25 janeiro, 2023

A educação na Grécia antiga

 


A educação na Grécia Antiga.

Por vezes é necessário fazer marcha atrás, até à Grécia antiga, onde nasceu a organização de muitas áreas do conhecimento e recordar o que pensavam os pensadores, que viraram sábios, mais conhecidos por filósofos, sobre a educação. Os filósofos perceberam que a educação seria o fio da civilização. Passar os valores espirituais e físicos do Homem e todo o conhecimento adquirido para as novas gerações, seria o processo.

Para Sócrates, a educação tornava o Homem melhor cidadão e, por isso, mais feliz.  Considerava o saber a coisa mais valiosa que o Homem podia possuir, fazendo dele um mestre dedicado ao ensino. Platão, discípulo de Sócrates, desenvolveu uma das primeiras teorias sobre a educação, um sistema educacional que, na sua opinião, asseguraria a existência de um Estado justo e feliz. Não se pensava em riqueza, pensava-se em justiça e em felicidade. Esta ligação em cadeia entre educação, saber, sociedade, felicidade e justiça, é quase um “pentagrama” inspirador que poderia orientar a civilização.

O filósofo considerava a educação uma questão de interesse do Estado que deveria controlar e sustentar todo o ensino, para formar a sociedade ideal que seria mais justa e feliz.

Esta forma de pensar é fabulosa considerando que este senhor viveu 427-347 antes de Cristo. Em 387 a. C., Platão fundou a sua escola filosófica, a Academia, cujo objectivo principal era realizar investigações científicas e filosóficas. O filósofo tornou-se então o primeiro dirigente de uma instituição permanente de pesquisas desse tipo.

Aristóteles vivendo 384-322 a. C., quase contemporâneo dos anteriores, afirmava que o objectivo da educação seria tornar as pessoas virtuosas e devia ser adaptada às condições naturais do ser humano, contrariando o endeusamento e considerando sempre, as limitações da humanidade. Tanto um como o outro ainda concebiam uma estrutura para porem em prática estas perspectivas sobre educação. Aristóteles, abriu a sua própria escola, em 335 a. C., designado o Liceu, um centro de estudos lógicos, físicos, metafísicos, políticos, etc.

Afinal, isto das escolas e da educação não são invenções recentes e fúteis, que se podem remeter para segundo plano, numa sociedade que se pretende evoluída, respeitando a sua história e tentando assegurar melhores condições de vida aos cidadãos. Actualmente consideramos um país “rico”, o país que dá prioridade à educação, entendendo-a como motor para uma sociedade melhor.

Paideia era o longo processo de formação dos futuros cidadãos gregos, que funcionava como a aquisição de conhecimentos e treino para determinadas aptidões. “A ideia de base era que, sem educação, não poderia haver cultura e sem cultura não era concebível um exercício modelar da cidadania, que incluía uma participação influente nos órgãos políticos da democracia directa e uma prestação militar praticamente vitalícia” Este conceito de educação é incrível, considerando que hoje há sociedades que ainda têm dificuldade em valorizar a educação, considerando que se gasta muito dinheiro no sistema de ensino. Pesando na balança, o valor da educação e da ignorância, conclui-se que a ignorância sai muito mais cara. 

Sem educação teremos todos o nosso futuro comprometido. Todos pensamos que as crianças são o futuro, porém, o futuro são as decisões que tomamos hoje, sobre elas e sobre o que as orientará, ou seja, a educação.

Publicado em NVR, 25/01/2023

2 comentários:

Anónimo disse...

O contacto com a cultura greco - latina humaniza - nos!!!!!

anabelaquelhas disse...

Verdade, são as nossas referências.