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Num reflexo dos espelhos
Espreito a alma
De alguém que se silencia a meu lado:
Um ilustre desconhecido.
Divirto-me pensando no acaso
Que me permite aproximar daquilo
Que não conheço
Observar o que nunca vi
Desnudar a intimidade
Do quotidiano de alguém
Que nunca mais encontrarei.
Dentro de minutos voará
Para outras dimensões urbanas
Transportando essências únicas
E in codificáveis
Ignorando-me.
Eu olharei os espelhos novamente
Espreitarei de novo
E saborearei o chá entretanto arrefecido.
Doce
E aromatizado com limão.
Filigrana
Foto: A. Quelhas ( Confeitaria do Bolhão)
1 comentário:
Um poema lindo escrito com o teu coração, o que o torna perfeito e extraordinário.
Parabéns, és sublime.
No maior respeito e estima gigantescas.
Sempre a admirar o que concebes com encanto, ternura e empenho.
pena
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