14 janeiro, 2009

Stephen Wiltshire

Wiltshire é considerado um dos 100 gênios autistas do mundo. O talento genial dos autistas já foi explorado no cinema com o filme Rain Man, de 1988, em que Dustin Hoffman faz o papel de um autista que é um gênio da matemática.
No caso de Wiltshire, no entanto, foi o talento como artista que o tornou conhecido. Ele começou a desenhar com apenas 5 anos de idade quando começou a estudar numa escola para crianças especiais.
Logo as professoras perceberam que o aluno se comunicava através dos desenhos nos quais representava animais, autocarros e automóveis e, finalmente, construções arquitectónicas.
Ele já desenhou diversas capitais pelo mundo todo, como Tokyo, Roma, Madrid entre outras.
em 2006.
Este génio reproduz as malhas urbanas em três dimensões, chega a desenhar pormenores dos edificios com o rigor que chega ao número de pisos e outros detalhes arquitectónicos, e ... espantem-se: o rigor na proporção.
O que é isto?
Isto refere-se à escala dos edificios.
Se sobrepusermos fotos de edificios através de uma transparência, vemos que as dimensões estão absolutamente proporcionadas.
Podemos ver diversos videos no You Tube, este que trouxe ao estirador, refere-se à cidade de Roma, sobrevoada uma unica vez e reproduzida durante 3 dias de trabalho.
Há seres humanos que me decepcionam, mas há outros que me surpreendem imenso.

4 comentários:

Lídia Craveiro disse...

Olá amiga Anabela. Fiquei fascinada pelo desempenho deste artista tão especial.

Abraço

Lidia

Lídia Craveiro disse...

Já agora, mudei a minha "fotografia" para esta tela de Magritte ( A arte de conversar), que parece-me mais adequda.

Boa luta

Pena disse...

Genial Amiga Anabela:
Fui investigar:
Características comuns do autista:
Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
Parece surdo, apesar de não o ser,
Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente completamente interrompida.
Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente
O caso de Wiltshire, no entanto, foi o talento como artista que o tornou conhecido. Ele começou a desenhar com apenas 5 anos de idade quando começou a estudar numa escola para crianças especiais.
Logo as professoras perceberam que o aluno se comunicava através dos desenhos nos quais representava animais, autocarros e automóveis e, finalmente, construções arquitectónicas.

Tenho na família um caso de autismo. Este texto deixa-me particularmente feliz e sensibilizado. Sabes, que pode levar ao desespero e “destruir” famílias até aí estáveis.
Quando vejo “fenómenos” assim com sucesso na vida sinto alegria, fascínio e encanto pela vida destes maravilhosos "Serzinhos" de sonho...!
Apesar de comovido, parabéns Anabela. Deixas-me alguma esperança no meu sobrinho que quando o levei a Paris, à EuroDisney, disse algo.
Fiquei prostado de satisfação e delícia.
OBRIGADO, sensível Anabela.
Beijinhos de imenso respeito e admiração...

pena

Talentoso, sem dúvida este "Stephen Wiltshire". Adorei, amiga simpática!
"Apaixonam-me" estes casos de crianças ditas "diferentes".

Lídia Craveiro disse...

Amiga Anabela, concordo contigo. Apesar de existir uma normatividade, ela tem que ser enquadrada no contexto cultural. Se a sua cultura passou por outro país com outra realidade, porque não ter agido nesse sentido. Tal como eu disse no artigo, esta questão aplica-se á sociedade ocidental, e mesma assim éxistem diferenças culturais que é preciso respeitar. Outra coisa pela qual me pauto, e no seguimento das linhas teóricas que me fazem sentido é o facto de aquilo que é bom para uns não ser para outros. Dai que cada caso é um caso, que passa sempre por uma avaliação de algum tempo, e em muitas conversas com os pais para perceber a melhor forma de lidar com as situações. Não existem dogmas na psicoterapia psicanalitica, existem sim linhas teóricas baseadas na investigação que se podem aplicar ou não aos individuos. Não dois casos iguais. Eu pelo menos trabalho assim.

Aparece sempre e comenta porque és bem vinda.

Lidia

15 Janeiro, 2009