25 novembro, 2008

GOLCONDA


Golconda (em francês, Golconde) é uma pintura a óleo sobre tela realizada pelo surrealista belga René Magritte, pintado em 1953.

Pertence à colecção Menil coleção, em Houston, Texas.

A pintura representa uma cena de homens vestidos forma idêntica, com sobretudos escuros e chapéus coco, que parecem estar flutuando ou descendo como balões hélio (embora não haja indícios reais de movimento), num cenário de edifícios e céu azul.
É bem-humorado, mas com uma óbvia crítica das pretensões de individualidade convencional.
Quando olho para esta cena fica-me a impressão de um padrão humano, ilusão que se desfaz depois de um olhar mais atento.
A chuva de homens de dimensões diferentes, e que são diferentes traduzem de facto a ideia de “todos iguais, mas todos diferentes.
A toilete do homem, colagem do próprio Magritte, é uma composição de modelo de “alfaiate masculino” belga e procura o contraste surreal entre o real tão bem representado e o imaginário, vizinho do ilusório, expressando bem a falsidade da representação.
O seu trabalho vive sempre duma dualidade profunda, exigindo um esforço de interpretação da parte do observador, revelando assim a genialidade do autor.

Curiosidade:

O título Golconda foi encontrado por seu amigo poeta Louis Scutenaire. Golconda é uma cidade arruinada no estado de Andhra Pradesh, na Índia perto de Hyderabad, que desde metade do sec XIV até ao fim do séc XVII era a capital de dois reinos sucessivos; a fama que adquiriu através sector diamantífero foi tal que o seu nome continua a ser, de acordo com o Dicionário Oxford Inglês ", um sinónimo de 'mina de riqueza'."

(não percebo qual a relação)

3 comentários:

Pena disse...

Sensacional Amiga Anabela:
Este "Golconda", pintura a óleo, do surrealista René Magritte, sabes como a intitularia: "O Dilúvio Masculino", porque caiem ou aparecem magicamente elevados e sobrepostos numa manifestação de uma existência irreal, incaracterística, sem significação visível pelo amontoado gigante de seres masculinos de fictícia e impressionante insignificação "inimaginada" ou "impensável", bem no estilo surreal, cujo propulsor da corrente dá pelo nome de André Breton.

Quando, maravilhosa e genialmente dizes:
"...Quando olho para esta cena fica-me a impressão de um padrão humano, ilusão que se desfaz depois de um olhar mais atento.
A chuva de homens de dimensões diferentes, e que são diferentes traduzem de facto a ideia de “todos iguais, mas todos diferentes.
A toilete do homem, colagem do próprio Magritte, é uma composição de modelo de “alfaiate masculino” belga e procura o contraste surreal entre o real tão bem representado e o imaginário, vizinho do ilusório, expressando bem a falsidade da representação.
O seu trabalho vive sempre duma dualidade profunda, exigindo um esforço de interpretação da parte do observador, revelando assim a genialidade do autor..."

Um profundo significado ilusório, reforço.
Um "dilúvio" imenso no masculino caido do céu ou elevando-se do chão, que preenche de forma geometricamente perfeita e não padronizado do sentir do autor, diria.

Brilhante e Admirável, Amiga! A tua sensacional escolha de hoje que nos remete para uma corrente artística cujo significado é marcante e, foi marcante, nos aspectos pictório, literário e poético, entre inúmeros talentos artísticos sensacionais e de imaginação poderosa e extraordinária de concepção humana que prevalecem ainda nos dias complexos e exigentes de hoje, destina-se a ser observada e observada...

Uma pintura sensível e, penso que, harmoniosa, apesar da sua difícil interpretação visível e correcta, amiga.
Toda a Obra Artística expressa um sentimento, uma emoção, uma atitude, um significado.
Que se passaria na mente de René Magritte...???

Bj amigos de imenso respeito, estima e consideração.
Com admiração

peter pan

OBRIGADO pela tua simpática e "afrancesada" "visita" preciosa.

Jobove - Reus disse...

grande articulo asi como da pintura

beijos

Nilson Barcelli disse...

Não sabes qual a relação?
Fácil... foi através desta pintura que a Regisconta arranjou a sua imagem de marca... eheheh...
Sou analfabeto em artes plásticas. Mas a tua análise faz todo o sentido.
Beijinhos.