São estórias para todas as idades e o encantamento surge não só nas
crianças, ávidas pelo conto e pelo reconto, que lhes permitem descobrir o
mundo, mas também nos adultos que cultivam o prazer de escutar essas narrativas
e rir de casos caricatos e das armadilhas que a vida nos prepara a todos.
Este é um registo sublinhado com ironia e sarcasmo, de um Portugal
rural, que se vai perdendo com a modernidade, evitando a anedota e o
desconforto de alguma situação, descrevendo-se sempre as circunstâncias e o
enquadramento na vida dura e difícil da ruralidade transmontana. Possui alguma
ilustração gráfica, conferindo originalidade e leveza ao registo. É uma oportunidade
para, em paralelo, evocar a cultura do linho em extinção e valorização de uma
grande pedra, que ainda existente e se assume como um ícone desta obra – “o
maçadoiro” – pedra de suporte para maçar o linho.
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