Quando me confronto com os
espaços do sim, do não e do talvez, digo sempre que nasci ´sozinha e morrerei sozinha.
Eu e os outros também, obviamente. Ninguém fica fora desta certeza.
Entre um e outro momento, temo-nos mais ou menos preenchidos e tentamos
ser felizes – a realidade da vida..
Há uma frase que não sei quem escreveu mas muito acertada.
“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho.
Daí a companhia ser uma questão de
escolha e não de necessidade. “
Ser-se sozinho ou ser-se solitário, onde começa um, onde termina o
outro? O que distingue estes dois estados: o só e o solitário? … e a
solitude????
Enquanto a solidão pode evidenciar dor, a solitude é um prazer. Entre
os dois o estar só ou ser só indicam situações distintas.
Quando estamos sós confrontamo-nos connosco mesmo, com os desejos com
os medos, com as frustrações e com os sucessos. Temos de nos ouvir, de dialogar
de nós para nós e por vezes temos medo desse confronto, pois ressuscitamos
fantasmas, mas é um medo que pode ser libertador.
Fernando Pessoa dizia:
"Se te é impossível viver só, nasceste escravo”.
“Melhor só que mal acompanhado” – diz o povo.
O que fazer? Nunca há situações perfeitas e quem diz que as
tem, mente!.
Solução: ter
criatividade para gerir o equilíbrio entre essas duas
necessidades.
Não é fácil!
In “Ensaios de escritas, um projecto sempre adiado” Anabela Quelhas
Sem comentários:
Enviar um comentário