O primeiro aspecto importante do ensino on line que vou salientar, é o facto de possibilitar a leitura “desorganizada” dos textos e poder estruturar as consultas de uma forma totalmente livre, em tempo e em espaço. A não necessidade de existir sincronia entre o “professor” e o aluno e ainda entre os diversos alunos, imprime logo à partida um factor de motivação e de dinâmica pedagógica, o que não implica a ausência de interacção virtual, mas sim a construção de uma grande liberdade na gestão das dimensões referidas: tempo e espaço.
O conceito de Professor Animador define o perfil do novo professor. Será um perfil de professor activo, atento, próximo, multifacetado, dinâmico, versátil, criativo e capaz de converter o processo ensino aprendizagem numa acção colectiva, de interiorização e aplicação de conhecimentos, mas numa perspectiva biunívoca (aprendizagem realizada nos dois sentidos), tendo sempre como suporte as tecnologias de informação e comunicação.
Achei interessante a frase:”a informação envelhece. O tempo de vida dos saberes é cada vez menor”. Esta reflexão leva-nos para a importância da actualização rápida da informação que é feita on line, e leva-nos também ao fim anunciado, da biblioteca tradicional como armazém de conhecimento.
Considero como aspecto menos positivo, a vertente da socialização.
Claro que o ciberespaço proporciona interacção, a construção de grupos, e até de redes de afectos, mas a socialização é algo mais complexo que o mundo virtual.
1 comentário:
Amiga Anabela:
Vejo neste "Ensino on line" várias facetas muito positivas, mas também menos conseguidas.
Se, por um lado, o poder e a presença/ausência que o Professor impõe necessariamente e indispensavelmente nas aulas, a sua proximidade, a sua afectividade não são visíveis, talvez coloque o aluno mais à vontade e não submetido ao seu domínio inevitável e muitas vezes desadequado. Existe a possibilidade dos discentes "vaguearem" livremente pelo espaço/tempo à vontade.
Talvez, ouse afirmar que o impacto do processo Ensino/Aprendizagem tendo como base as tecnologias de informação/comunicação sejam desvalorizados sem intenção, mas pela inevitável situação exposta do valor espaço/temporaneidade, poe exemplo, a recepção da informação distante no espaço/tempo e a ausência de concentração/atenção ou local da sua recepção não propício. Distracção, demasiado à vontade, falta de concentração/atenção, situação de "jogo" desinteressado.
Por outro lado, as bibliotecas e a sua poderosa informação deixam de ter interesse ou valor imediato. (Não! A informação destas não envelhece, rejuvenesce, isso sim, desculpa não concordar!).
Creio que é de ponderar e acreditar que no futuro o "Ensino on line" será visto doutro modo.
A sua credibilidade tem aspectos muito positivos, mas a sensibilização e motivação para ele exige um tempo para que se concretize entre as nossos alunos que os incentivem com dedicação ao "trabalho" e ao estudo, mais livre, criativo e eficaz. Acredito que um dia surgirá, inevitavelmenbte. Mas. há que dar tempo ao tempo. É muito cedo. Se pensares que os alunos têm proveniências diversificadas e diferentes e já o Ensino "Normal" é cada vez mais difícil de concretizar?
Exige-se motivação, sensibilização e uma postura assente numa profunda credibilidade na postura e no valor deste inovador e riquíssimo "Ensino on line".
Sem isto, penso que todos os desvalorizarão, acredita?
Abraço amigo
pena
Se disse alguma aberração desculpa.
É pura ignorância.
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