Lino: Ainda não interiorizei que já cá não estás. Sempre que vou ao cemitério levo-te uma rosa amarela, mas aquele acto faz-me apenas recordar-te e nem acredito que o teu corpo está ali aconchegado à terra, e sinto como se tivesses emigrado para um sítio qualquer. É estranho, mas faço-o na mesma.
Recordo muitas vezes a nossa infância e a rebeldia da
juventude, em que via em ti o cúmplice da asneira, do afecto e da aventura.
Estás sempre no meu coração e de todos os primos, porque sempre foste especial.
Se por acaso um dia me perdesse no mundo, tinha a certeza que me irias lá
buscar. E agora, não consigo resgatar-te a não ser em pensamento. Restam as
lágrimas, mas o teu sorriso sempre as apaga. AQ
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