24 janeiro, 2025

Lino

 Lino: Ainda não interiorizei que já cá não estás. Sempre que vou ao cemitério levo-te uma rosa amarela, mas aquele acto faz-me apenas recordar-te e nem acredito que o teu corpo está ali aconchegado à terra, e sinto como se tivesses emigrado para um sítio qualquer. É estranho, mas faço-o na mesma.

Recordo muitas vezes a nossa infância e a rebeldia da juventude, em que via em ti o cúmplice da asneira, do afecto e da aventura. Estás sempre no meu coração e de todos os primos, porque sempre foste especial. Se por acaso um dia me perdesse no mundo, tinha a certeza que me irias lá buscar. E agora, não consigo resgatar-te a não ser em pensamento. Restam as lágrimas, mas o teu sorriso sempre as apaga. AQ

24|01|2025



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