07 agosto, 2017

Aguardando Kafka

São 7h da manha, chego à janela de uma cidade que se abre para mim. Ensonada digo.lhe bom dia, e abraço.a. Recuo para um dia de primavera, lá longe em que se festejava a liberdade. Tal como eu era jovem, sonhadora, com flores nos cabelos e muito determinada a cumprir os meus ideais. (Primavera de Praga)
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Sentada numa esplanada, na frescura possível da sombra de um sol ardente, penso no bizarro da vida, no imprevisível, naquilo que nunca poderia acontecer, mas que acontece. Sinto.me surreal, aguardando Kafka que deve chegar a qualquer momento, metamorfoseado de um insecto qualquer com aroma a Trdelnik. Pausa para saborear um pecena kachna. Faca e garfo aí vou eu. Uhhhh delicia! 



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Encerro o dia pela noite fora entre os reflexos do Elba e do Vitava, de queixo em repouso sobre a minha mão esquerda e sonho sonhos já acontecidos e outros que poderão acontecer. Recordo o paganismo dos eslavos lido num livro já sem nome na minha memória, os cristãos e os judeus.... e eu eternamente procurando de onde sou.
Diário de viagem VIII/2017

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