“Há sempre um mundo que não é meu e que eu invejo, porque nunca terei oportunidade de o viver. Um mundo que me chega através de diversos canais, que me provoca em diferentes momentos que já plantou em mim tantos momentos de nostalgia, tantos momentos de nós de garganta. Um mundo que se confronta comigo, lembrando o que nunca vivi. Molham-se-me os olhos aos visualizar imagens que não são minhas e nunca as viverei. Não é um mundo do outro mundo, mas um mundo que para mim está infinitamente longe. É um mundo simples, mas distante, que se transforma em mar, ou em areia, ou apenas numa mão estendida para mim”.
In “Não escrevo em Moleskines, escrevo no verso das contas do supermercado”
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