A paciência esgota-se.
A tolerância terminou há muito.
A cumplicidade não foi alimentada.
O reconhecimento do valor, também não.
A boas surpresas estiveram sempre ausentes.
O sentido de humor nunca existiu.
Uma rua sem saída, a minha resiliencia, até não dar mais.
Termina um ciclo demasiado longo de incoerências, insatisfação e de silêncios.
Uma paz podre que finalmente morreu.
Tanto se estica a corda, um dia ela rompe-se de forma irreversível.
O arrependimento de se gastar uma vida, inultilmente, partilhar com quem não merece, investir sem reconhecimento e perceber no fim a afonia irritante da prepotência.
Resta a tranquilidade por tudo ter tentado, sem sucesso.
Do outro lado do espelho nada existe, porque os projectos estruturais foram esquecidos ou ignorados, com a certeza suposta que a corda nunca romperia.
Não transporto saudades.
Novos caminhos se apresentam e certamente serão melhores, apenas porque não poderão ser piores.
Um ciclo que termina, tardiamente.
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