24 novembro, 2025
21 novembro, 2025
19 novembro, 2025
CONTRADIÇÕES MARADAS
CONTRADIÇÕES MARADAS
A política
de alguns partidos está ansiosa, há muitos anos, para alterar a lei da greve. Por
que será?
O
direito à greve, é um direito fundamental dos trabalhadores, consagrado na
Constituição Portuguesa, artigo 57.º (1976), e sofreu alterações em 1982 coma a
AD, 1989 e 1997 com Cavaco Silva. O que se esperava com Montenegro? Tão
previsível!
A
greve é o direito dos trabalhadores paralisarem a sua actividade laboral, de
forma pacífica, para defender os seus interesses profissionais e sociais. Isso
significa que os trabalhadores têm o direito de decidir não trabalhar, sem
sofrer represálias ou sanções, para pressionar os empregadores ou o governo a
atender às suas reivindicações, como melhorias salariais, condições de
trabalho, etc.
O
direito à greve é um instrumento importante para os trabalhadores negociarem
com os empregadores e é protegido pela lei, desde que seja exercido de forma
pacífica e respeitando os limites legais.
Mesmo
assim, José Sócrates em 2009, não resistiu em definir os serviços mínimos, já
que não conseguiu gerir alguns conflitos laborais:
·
Serviços de saúde e assistência médica
·
Serviços de segurança pública
·
Serviços de abastecimento de água e energia
·
Serviços de comunicações
· Serviços de transporte aéreo
· Outros serviços considerados
essenciais para a segurança e bem-estar da população
Os
quatro primeiros já bastavam e compreensíveis, os dois últimos abriram portas
para alguns políticos aguçarem os dentes.
Agora Luís
Montenegro, propôs alargar os serviços mínimos a mais sectores, incluindo
creches, lares, abastecimento alimentar e serviços de segurança privada de bens
ou equipamentos essenciais, como parte do pacote laboral.
E eu
questiono-me mais uma vez, sobre o que é uma greve? É só para encher os
noticiários, descontar os dias de greve aos trabalhadores, e autorizar
manifestações de rua?
Qual é
o resultado se a sociedade não for lesada de alguma forma? Estamos com crises
de identidade ou a olhar cada um para o seu umbigo? Já não sabemos onde se
posiciona o fiel da balança?
Já não
bastam os trabalhadores com contractos precários hesitarem em fazer greve, com
receio de represálias? E aqueles que trabalham clandestinamente?
E
quais são as reivindicações dos trabalhadores, que os fazem declarar greve:
· Melhores salários
· Melhores condições de trabalho
· Redução da carga horária
· Estabilidade no emprego
· Direitos laborais
· Outras questões específicas do sector
ou empresa.
A
greve é um meio dos trabalhadores fazerem ouvir a sua voz e lutarem pelos seus
direitos e interesses. Se os governos definem serviços mínimos muito amplos, o
impacto da greve é reduzido, quantos mais serviços essenciais continuam a
funcionar, menor é a pressão sobre os empregadores ou o governo.
Exige-se
reflexão e saber de que lado nos posicionamos.
Salve-se
quem puder? E onde fica a dignidade e o respeito pelo ser humano e as suas
condições de vida?
Publicado em NVR 19|11|2025
" OLHOS ESTANCADOS" - Graça Vilela
17 novembro, 2025
"A GUERRA" - Anabela Quelhas
16 novembro, 2025
antecipando
PLAZA MAIOR - SALAMANCA
Para apreciar pela primeira vez, em noites frias e com muita luz, em boa companhia.
14 novembro, 2025
12 novembro, 2025
Sugestões já sugeridas neste jornal
Sugestões já sugeridas neste jornal
Numa tentativa de
melhoria rápida de alguns pontos negros da cidade, para haver algum
desbloqueamento do trânsito em horas de ponta, é necessário reflectir sobre
certas situações, para melhorar significativamente a urbanidade dos Vila-Realenses.
É sempre bom reconhecer falhas, rever conceitos sobre o funcionamento urbano e criar
novas soluções, que resolvam problemas das pessoas. Numa cidade feliz é urgente ter
cidadãos felizes, sem filas de trânsito e que os automóveis não encham as ruas.
1 - Após o Domingo de eleições, os
bancos de granito localizados no acesso ao Hospital da Luz foram removidos. Não
sei para onde foram, espero que não voltem para o mesmo sítio, já que
condicionavam o acesso automóvel, ao Hospital da Luz.
2 –A Avenida da Europa exige a
deslocação de uma paragem de autocarro e localização de pequena rotunda, para
não se duplicar o trânsito e facilitar a saída da Escola Diogo Cão.
3 – O mesmo problema na saída da Escola
Morgado de Mateus, na ligação com a Rua Nossa Senhora dos Prazeres.
4 – Gosto do Pioledo com 2 sentidos,
porém há que resolver a circulação dos automóveis, que descem a Rua D. Dinis e
pretendem virar à esquerda, evitando dar a volta ao Mercado.
5 – O conhecido cruzamento do
sinaleiro, não precisa de obras futuristas descabidas para esta cidade.
Necessita apenas de um novo acesso à ponte, contornando o edifício da
marisqueira Amadeos, para que a ponte funcione nos dois sentidos, sem sinais
luminosos. Sugeri esta solução há muitos anos, aqui neste jornal. Esta seria uma obra um pouco mais complexa e
deveria ser a oportunidade para renovar a Av. 1.º de Maio, alargando o passeio
marginal, transformando-o num grande passeio público, cobertura de um
estacionamento inferior de dois pisos, capaz de resolver alguns problemas: paragem
segura para autocarros de turistas, que se dirigem ao museu ou ao centro
histórico, animação do comércio da Av. 1.º de Maio, apoio ao Centro de Saúde e
requalificar aquela vertente do Corgo, que apresenta algumas construções
clandestinas, que degradam a paisagem, e atrofiam o caminho pedestre que vai
até à parte inferior da ponte metálica. Um grande estacionamento, arquitectonicamente
integrado na margem direita do Corgo, resolveria o acesso que todos querem ao
centro da cidade. A ideia não é nova, já houve um projecto, mas desconheço-o. Um
estacionamento não tem que ser um mamarracho, pode ser discreto e muito útil. Veja-se
o exemplo da Cidade Histórica de Toledo, Património Mundial da UNESCO como resolveram a proximidade ao centro
histórico com um grande estacionamento numa das suas vertentes, perfeitamente
integrado na volumetria da cidade. Esse grande passeio público que proponho, poderia
ser polivalente: zona de permanência virada para o rio, aproximando-o da cota
alta, com um alinhamento de diversos MUPIS, para divulgação cultural, e
funcionaria como o grande ponto de contacto dos visitantes com a cidade, com
acolhimento cultural e paisagístico único, sem criar conflito com o trânsito
diário da cidade.
O que temos agora? Um museu sem
espaço para acolher um autocarro. Os autocarros ou param no estacionamento do
Hotel Miracorgo, ou param no meio da Av. 1.º de Maio, sem segurança e complicando
o trânsito.
6 – Finalmente peço um sinal, a
colocar no acesso ao restaurante Panorâmico da UTAD, informando os
automobilistas que a partir de certo ponto, a rua tem 2 sentidos.
Nesta cidade criou-se
um mau-estar ao falar-se de automóveis, pois realizou-se toda uma reorganização
a favor dos peões, e muito bem. Agora é necessário resolver os pontos de
conflito, ou seja, alguns problemas que daí resultaram, próprios de cidades desta
dimensão.
Publicado NVR, 12|11|2025
DACTILOBSCENO - Manuel Vitório Pereira
11 novembro, 2025
10 novembro, 2025
"EU SOU DA LUA" - Anabela Quelhas
07 novembro, 2025
"ESTRADA SEM SENTIDO" - Graça Vilela
05 novembro, 2025
Banda desenhada
Banda desenhada
Hoje tenho a tarde por
minha conta.
Tarde chuvosa, as
folhas acentuam a alopecia das árvores, uma poltrona em espaço aquecido, a hora
mudou, uns blues de musiquinha de fundo e um livro do Asterix à minha espera:
“Asterix na Lusitânia”.
Entrei para o mundo da
leitura pela porta da BD e é sempre bom voltar.
Investi muitas horas a
ler BD, sou daquelas que colocava a revista de BD no meio dos livros escolares
e fingia estudar, quando a minha mãe espreitava para vigiar o que eu andava a
fazer.
Mais tarde como professora
de Artes Visuais, explorei muito essa área com os meus alunos. Parecia
motivante, os alunos aderiam muito bem a estas actividades, mas rapidamente
descobriam que é uma das formas de comunicação mais difíceis. É considerada a 8.ª
arte. O resultado é brutal, porém o processo construtivo é extremamente
complexo.
É necessário conhecer
toda a linguagem própria da BD, ter uma narrativa interessante e apelativa,
dividi-la por partes, criar um guião ou um roteiro, articular as partes com
desenhos, criar diversas pranchas (páginaa), organizar tiras e vinhetas, com
geometria e regras de composição já interiorizadas.
De seguida é necessário
fazer diversos esboços para serem seleccionadas as personagens que entram na narrativa,
para se desenhar no interior de dada vinheta; inventar os planos, os cenários, planear
os espaços para os cartuxos, as legendas, e os balões. Decidir se há narrador
ou não…
Tudo deve estar
perfeitamente em sintonia, o texto e a imagem sofrem constantes avaliações,
correcções ou adaptações. Depois tem de haver a habilidade de desenhar cada
personagem com o mesmo rosto, corpo e vestuário nas diversas vinhetas. É
necessário escrever o texto alinhado na horizontal e integrado à forma de cada
balão, desenhar onomatopeias e signos cinéticos, que dão som e movimento à
narrativa, prendendo a atenção do leitor.
Depois de tudo vem a
cor, com uma simbologia própria capaz de gerar emoções, e contrariar a
monotonia de cada tira ou prancha.
Finalmente é preciso o
leitor ler, gostar, criar empatia imediata e ultrapassar o gostar; é necessário
criar um vínculo com o leitor, para que volte, leia outra vez e entusiasme os
amigos a ler também. O leitor não se pode cansar a ler BD, se isso acontecer
ele abandonará o livro e não voltará mais.
A BD nasceu por volta
dos anos 30 do século passado, inicialmente impressa depois digital. Pode ser
uma simples tira, uma página inteira, uma revista ou um livro. Inicialmente,
quando tudo era desenhado manualmente, envolvia sempre grandes equipas para concretizar
tão grande empreitada. A tecnologia simplificou muitas tarefas. Se um livro é
difícil de executar, uma BD é muito mais difícil.
A BD é uma das maiores
artes de comunicar. Contam histórias de forma visual e emocional, criando uma
conexão forte com os leitores. A ilustração oferece uma experiência visual
única, há diversos géneros e personagens inesquecíveis e integram aquilo a que
se chama a cultura popular.
Quero aqui deixar
homenagem a todos os autores que animaram a minha geração, e são muitos, desde
os livrinhos de cowbois à Disney, e deixando a indicação para os mais novos
leitores, Tintins, Mafaldas e Asterix são imperdíveis.
Publicado em NVR, 05/11/2025
"ONDE VAIS?" - Bárbara Bandeira
Voz: Anabela Quelhas
file:///E:/radio/audio/149%20-%20onde%20vais%20-%20barbara%20bandeiraa.mp3
Música: Carminho
https://www.youtube.com/watch?v=gIP1hwTJOvs






















