28 fevereiro, 2025

um cão, um galo, um burro e um gato



 Monumento aos músicos da cidade de Bremen. Alguém se lembra da história infantil com um cão, um galo, um burro e um gato?

Este conjunto escultural é representado por 4 animais, personagens do famoso Grimm. Os músicos foram “capturados” no momento em que olharam para a casa dos ladrões da floresta pela janela.

A mãe contava-me ao adormecer e faz parte do meu imaginário infantil.

A escultura, que foi moldada por Christa Baumgartel, esconde o significado político mais profundo – o fim da Guerra Fria. Do nariz desgastado do burro, pode-se entender que muitos turistas continuam a esperar pelo poder “místico” desta escultura para satisfazer todos os desejos.

O monumento está localizado perto da Rua Skarnu, nas imediações da Igreja de São Pedro. Em Riga, Letónia.

(Diário de viagem)

" A NAU CATRINETA" - Almeida Garrett


Poema anónimo romanceado, ligada à tradição oral e comunicativa que, provavelmente foi inspirado na tumultuada viagem da nau Santo António, desde o porto de Olinda, no Brasil, até o porto de Lisboa, em 1565. (Recolhido por Almeida Garrett)

Voz Anabela Quelhas

file:///E:/radio/audio/42-%20Nau%20Catrineta%20-%20Almeida%20garrete%20com%20musica.mp3

Poema musicado por Fausto

https://www.youtube.com/watch?v=EDF9rEv9dbw


27 fevereiro, 2025

ENTROIDO 25


 VERIN SEMPRE, O PULPO ESPERA-NOS´+ CIGARRONS + CHARANGAS + TEQUILLAS + MUCO DE HIERBAS + RUCUMPLICIDADE E DIVERSÃO GALEGA.

PREPARATIVOS 💓

26 fevereiro, 2025

“TOQUE DO SILÊNCIO”

 

“TOQUE DO SILÊNCIO”

No dia 20 de Fevereiro tive o privilégio de fruir de mais um concerto de órgão de tubos, realizado na Sé, com o organista Giampaolo di Rosa.

Este concerto foi dedicado às comemorações dos 100 anos da Liga Portuguesa dos Combatentes, e no elenco musical figurou a música, conhecida por todos como ”Toque do Silêncio”; é comum, em cerimónias militares, que seja tocada esta música, e ultrapassou os muros militares para a sociedade civil.

“Toque de Silêncio”, também conhecida como “Taps”. A referida canção tem composição relativamente simples, e existe uma história sobre a sua concepção: partilharei a história não oficial.

“Tudo começou em 1862 durante a Guerra Civil Americana, ou Guerra de Secessão, quando o Capitão do Exército da União, Robert Ellicombe, estava com os seus homens perto de Harrison’s Landing, na Virgínia. O Exército Confederado estava do outro lado da estreita faixa de terra.

Durante a noite, o Capitão Ellicombe ouviu o gemido de um soldado que estava mortalmente ferido no campo de batalha. Sem saber se era um soldado da União ou da Confederação, o capitão decidiu arriscar a vida e trazer o ferido de volta para atendimento médico.

Rastejando sobre o estômago através do tiroteio, o capitão alcançou o soldado atingido e começou a puxá-lo em direção ao seu acampamento. Quando o capitão alcançou finalmente as suas próprias linhas, ele descobriu que era, na verdade, um soldado confederado, mas o soldado estava morto.

O capitão acendeu uma lanterna. De repente, ele recuperou o fôlego e ficou entorpecido pelo choque. Na penumbra, ele viu o rosto do soldado. Era o seu próprio filho. O menino estudava música no Sul, quando a guerra começou. Sem contar ao pai, ele alistou-se no Exército Confederado.

Na manhã seguinte, com o coração partido, o pai pediu permissão aos seus superiores para conceder ao seu filho um enterro militar completo, apesar do seu status de inimigo.

O seu pedido foi parcialmente atendido. O capitão perguntou se ele poderia fazer um grupo de membros da banda do Exército e tocar uma canção fúnebre, para o filho, no funeral.

Esse pedido foi recusado porque o soldado era um confederado. Por respeito ao pai, eles disseram que poderiam dar-lhe apenas um músico.

O capitão escolheu um corneteiro. Ele pediu ao corneteiro que tocasse uma série de notas musicais que encontrara num pedaço de papel no bolso do uniforme do seu filho morto. Esse desejo foi atendido. Essa música era a melodia assustadora, que agora conhecemos como “Taps”, usada em todos os funerais militares.”

A história, todavia, é bem mais simples, e esclarecida pelo site snopes.com:

‘Taps’ foi composta em Julho de 1862 em Harrison’s Landing, na Virgínia, mas, além desse facto básico, a peça fantasiosa, citada acima, de forma alguma reflete a realidade das origens daquela melodia.

Não havia filho morto, confederado ou não; nem nenhum corneteiro solitário sondando a última composição do menino morto. O modo como o chamado surgiu nunca foi nada mais do que um soldado influente que decidiu que a sua unidade poderia usar um toque de clarim para ocasiões particulares e preparou-se para inventar um.

Pode dizer-se que ‘Taps’, foi criada por Brig. Gen. Daniel Butterfield, Comandante da 3.ª Brigada, 1.ª Divisão, V Corpo de Exército, Exército do Potomac, durante a Guerra Civil Americana. Insatisfeito com o disparo habitual de três tiros de espingarda, na conclusão dos enterros durante a batalha e também querendo um toque de clarim menos severo para sinalizar cerimonialmente o fim do dia de um soldado, ele provavelmente alterou uma peça mais antiga conhecida como “Tatuagem”, um toque de clarim francês usado para sinalizar “luzes apagadas” na chamada que agora conhecemos como ‘Taps’.

Então, como agora, ‘Taps’ serve como um componente vital nas cerimónias de homenagem a militares mortos. Também é entendida pelos militares como um sinal de fim do dia de ‘luzes apagadas’.

Texto adaptado das seguintes fontes

https://musicaemprosa.com/2021/08/10/o-toque-de-silencio-taps-a-lenda-por-tras-de-uma-das-cancoes-militares-mais-conhecidas/

http://www.snopes.com

 

·      * Na comemoração do Centenário da Liga dos Combatentes do Núcleo de Vila Real, presto uma singela homenagem aos militares mais esquecidos, que não tiveram estátuas nem medalhas, não lhes poderei denominar por anónimos, porque constam dos registos militares. Destaco o nome daqueles, que ainda conheci em criança em Justes: António Catarino e Manuel Correia (combatentes da 1.ª Guerra Mundial - França), António Maria Machado, Artur do Ferreiro e José Ribeiro (combatentes da 1.ª Guerra Mundial - Angola).   

        Publicado em NVR 26|02|2025


CLARICE LISPECTOR

 


PARCERIA:

Hoje no Karranca às quartas com Clarice Lispector.

ouvir /ver aqui


"POETA CASTRADO, NÃO!" - José Carlos Ary dos Santos



Voz: Manuel Afonso

25 fevereiro, 2025

24 fevereiro, 2025

COMPACTO IV DO PROGRAMA "DE POETA E DE LOUCO TODOS TEMOS UM POUCO"

 DE 31 A 40



Luís Vaz de Camões  | Carlos Té e Rui Veloso ! José Luís Peixoto | Alexandre O?Neil |Antero de Quental

Ernesto Lara Filho | Luísa Fresta | José Mário Branco | Chico Buarque de Holanda | Adélia Prado

"BAIRRO" - Adélia Prado

Vozes: Alunas do 12ºB da Escola Secundária de Murça.
Arranjo musical:  Matilde Parra
Ãudio enviado por Rosa Canelas

 

23 fevereiro, 2025

CASA 45

ANTECIPANDO

Rua do Pinheiro 45, Porto

💓









19 fevereiro, 2025

PALÁCIO DE CRISTAL DO RETIRO - Madrid

PALÁCIO DE CRISTAL DO RETIRO - Madrid

Projecto de estufa do arquitecto Ricardo Velasquez Bosco 1851

Estufa de Inverno para plantas, actualmente espaço que acolhe eventos.


























 

"AMOR GIGANTE" - José Mário Branco


Voz: João Carlos Carranca

file:///E:/radio/audio/38a%20-Amor%20gigante%20-%20jos%C3%A9%20Mario%20Branco%20.%20JC.mp3

DOIS FILMES E DOIS BONS MOTIVOS PARA IR AO CINEMA

 


DOIS FILMES E DOIS BONS MOTIVOS PARA IR AO CINEMA

”Ainda Estou Aqui”

Tenho explorado alguns dos trabalhos da actriz Fernanda Torres, que nos habituamos a ver em telenovelas, assim como a sua mãe, a brilhante Fernanda Montenegro. Por estes dias as salas de cinema deste país passam o filme ”Ainda Estou Aqui” realizado em 2024, com três indicações ao Óscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Fernanda Torres como Melhor Atriz. Vale bem o seu visionamento.

"Ainda Estou Aqui" é um filme poderoso e impactante, abordando um capítulo doloroso da história do Brasil através da perspectiva de uma mulher, Eunice;  que enfrenta a dor do desaparecimento do marido durante a ditadura militar. A escolha de Walter Salles como diretor, conhecido pelo seu talento em contar histórias profundas e humanas, promete uma narrativa sensível e comovente.

A representação de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro certamente traz uma profundidade emocional à história de Eunice. A luta de Eunice para manter a normalidade familiar, no meio do caos e a sua busca incessante pela verdade, destacando a resiliência e a força feminina em tempos de opressão. Além de ser uma narrativa pessoal, o filme oferece uma reflexão mais ampla sobre o impacto da ditadura militar no Brasil, especialmente nas vidas das famílias que sofreram com a repressão. A menção ao papel das mulheres na resistência é especialmente significativa, dado que muitas vezes essas histórias não recebem a atenção devida.

É um filme interessante, que educa e provoca a reflexão sobre temas importantes como os direitos humanos, a perda e a luta pela verdade. É um testemunho do poder do cinema como ferramenta de memória e resistência.

Se aprecia o trabalho de Fernanda, procure duas séries que constam do seu currículo, que poderá ver na Globo Play: “Filhos da Pátria” e “Fim” .

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“O Brutalista”

O filme "O Brutalista" apresenta uma narrativa rica e envolvente, explorando não apenas a trajetória profissional do arquiteto László Toth, um visionário, mas também as complexidades emocionais e sociais enfrentadas por ele e a sua esposa, Erzsébet. A fuga da Europa pós-guerra simboliza a busca por esperança e renovação, enquanto o encontro com Harrison Van Buren, o industrial rico, enigmático e carismático, representa a possibilidade de realização e ascensão na nova terra.

Ao longo do filme, a relação entre László e Erzsébet é central, mostrando como o stress e as pressões do sucesso podem testar os laços matrimoniais. A ambição de László em criar um monumento que não apenas represente os seus valores estéticos, mas também a identidade emergente dos Estados Unidos, lembra questões sobre o que significa realmente "pertencer" a um novo lugar e como a arte pode impactar a sociedade.

A narrativa desenrola-se entre momentos de grande triunfo – a realização do projecto e o reconhecimento do talento de László – e tragédias pessoais, por vezes inesperadas, que podem destabilizar as suas aspirações.

A estética brutalista do filme não se limita à arquitetura, mas estende-se à cinematografia, reforçando a ideia de que a beleza pode ser encontrada na imperfeição e na luta. Assim, "O Brutalista" torna-se um processo de meditação sobre a ambição, a identidade e o que realmente significa deixar um legado, oferecendo uma visão profunda não apenas da vida de um arquitecto, mas da própria América em transformação. Um filme que ficará certamente na história do cinema.

Publicado em NVR 19|02|2025