16 agosto, 2018

Diário de viagem - Budapeste


     


(…) Tento lembrar Budapeste, obra de Chico Buarque de Hollanda, tentado recordar pormenores do livro para identificar na cidade.
         Mas já li esse livro há alguns anos, impossível.
      Atraem-me as ruas com edifícios lindíssimos escondidos na patine do tempo, escuros, sujos e degradados, mas arquitectónicamente belos… belíssimos. Desenhados a régua e esquadro por quem sabe combinar a geometria com a escultura. Olho-os de baixo para cima ao passar nas ruas, deslumbrada. Cada detalhe, cada cunhal, cada fenestração… as platibandas, os capitéis…
       Vagueio pelas ruas tentando sair dos roteiros pré-estabelecidos. Não percebo nada do que consta nas placas informativas que pontualmente aparecem junto aos edifícios. Disparo fotos para poder investigar no regresso.  
       Cada rua são diversas páginas de Vitrúvio, são diversas páginas da História do século XIX e XX. Respiro fundo… respiro arquitectura. Ridícula!‼ ok não interessa. Gosto de andar por aqui.
     Deparo com um edifício e meto na cabeça que era a base de The Grand Budapeste Hotel de Wes Anderson, já que o Hotel era uma maquete cinematográfica. Terei de confirmar. Recorro à net do telemóvel…. Mas perco tempo, quero aproveitar cada minuto. Este é o Buddha Bar Hotel. Conseguirei entrar?
Terei de voltar outras vezes.
(…)
(Diário de viagem – Budapeste AQ)

Sem comentários: