Hoje
um aluno meu perguntou-me porque alguém queria uma pintura como o grito do Munch
dentro da sua casa e como alguém pagava tanto dinheiro por ela.
Eu prometi que escreveria sobr isso.
Edvard Munch ao pintar o seu “O grito”
nunca imaginou que essa obra poderia valer 91,3 milhões de euros – record mundial
que ultrapassou Picasso – passados 117 anos.
Pensa-se que depois de Mona Lisa, esta
seja a pintura mais conhecida do mundo.
O que tem de especial esta obra?
O grito expresso naquela figura esquálida,
que se desconhece o sexo, de olhos e boca bem abertos e mãos a rodear a face, é
a reação da espécie humana perante o desespero e o horror. È uma figura sem
cabelo, débil fisicamente, envolta em várias linhas cinéticas que conferem à
imagem, desequilíbrio e caos psicológico,
onde se poe em contraste o frio e o quente, colocando os nervos em situação
limite. Penso que é uma pintura premonitória sobre o que se passou posteriormente,
um século repleto de dramas onde a ansiedade existencial afecta cada vez mais
pessoas.
É o espelho também da vida pessoal Munch,
caracterizada por dramas familiares e perda de entes queridos
Esta
pintura não deixa qualquer ambiguidade na comunicação com o observador, e
talvez por isso, devido à sua mensagem monossémica, que ela é entendida por
todos e mundialmente conhecida. O grito transporta consigo ainda outras
histórias relacionado com a sua sobrevivência.
Mas
vejam o que Pedro Correia escreveu
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/4378664.html
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