A sociedade é bombardeada diáriamente com falsa informação, com objectivos obscuros de influênciar opiniões/decisões, moldar o espírito crítico, motivar revolta, utilizando canais de divulgação rápidos que fazem perder a sua origem. Normalmente são utilizados argumentos demagógicos e que se dirigem às inseguranças, crenças e ambições de cada um, plantando de imediato o sentido de confiança. Dirigem-se também a quem não investiga profundamente e especialmente a quem possui reduzido espírito científico.
Felizmente
as novas tecnologias tanto divulgam a má como a boa informação. Existem
diversos sites que nos ajudam a desconstruir a informação, a desvendar a sua
veracidade e algumas vezes de forma divertida. Partilho convosco. Entrem aqui:
https://verdadeoumentira.dge.mec.pt/
Este sítio
pertence à Direcção Geral da Educação, de fácil acesso, e permite verificar a
veracidade de imagens e informações/notícias falsas. Todo o processo toma a
forma de um questionário que procura a sua resposta (verdade ou mentira) e
depois de a avaliar, emite a verdadeira informação ou o esclarecimento sobre a
afirmação verdadeira. De uma forma lúdica, o navegador oscila entre a verdade e
a mentira, adiciona conhecimento e sobretudo amplia o espírito crítico sobre as
situações.
“Confie,
desconfiando”, neste caso desconfiar é uma atitude sensata, salutar e inteligente.
Com a problemática COVID, as notícias falsas propagam-se. Desconfiem daqueles
que “acham” e criticam e não apontam soluções, desenvolvendo narrativas
baseadas num médico americano que ninguém conhece, em estudos realizados na
Suíça que carecem de autenticação por parte da Ordem dos Médicos ou do
Ministério da Saúde e que no final resultam em crítica política disfarçada. O “achista” faz avaliações e afirmações fáceis
sobre temas que os cientistas levam anos e anos a pesquisar, baseadas apenas
nas suas opinões tantas vezes levianas e incoerentes. Replicar o “achismo” é
perigoso e ofensivo, porque nos passa um
atestado de irracionalidade, gera ondas cada vez maiores, que afogam as pessoas
em ignorância e mentira. Lembrem-se que uma mentira repetida muitas vezes passa
a ser verdade. A verdade inquieta e a mentira conforta, é urgente saber qual é o nosso lado. Para que uma noticia falsa
vingue, é necessário que agrade ao receptor, que oiça aquilo que quer ouvir,
que leia aquilo que quer ler. Conclusão “não há pior cego do que aquele que não
quer ver”.
Publicado em NVR 2/12/20
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