30 junho, 2021

CABELOS BRANCOS

 

Cabelos brancos

              Não me apetece escrever sobre futebol, coca-cola que vale milhões, estupidezes do Medina e do seu adversário, proteção de dados, acidente do outro, que atropelou um individuo na A6 (por onde passa é só desgraças, vá de retro!), travão do desconfinamento, serviços públicos fora de Lisboa e Porto, que mesmo estando protegidos por acrílicos, só atendem por marcação através de um telefone que ninguém atende...

              Tenho encontrado mulheres que optaram por não pintar mais o cabelo, apresentando-se de melana branca, espantando os poucos vestígios de juventude que ainda sobreviviam no seu rosto.

              De cabelos brancos e máscara, eu passo por elas e nem as reconheço.

              Já todos nós estávamos preparados para aceitar aquelas mulheres que conforme envelhecem vão ficando loiras, para disfarçar a risca branca das raízes em crescimento. Mal digerido, mas pronto.

Dizem que há 7 motivos para deixar de pintar o cabelo:

1 –Cortar custos;

2 – Diminuir a preocupação da boa apresentação;

3 – Ajudar o seu cabelo a crescer;

4 – Os cabelos ficam mais bonitos e saudáveis;

5 – Mudar o visual;

6 – Favorecer o que é natural;

7 – Dedicar o seu tempo a outras coisas;

              Consulto a web e isto parece ser descrito como um acto de coragem que dignifica a mulher que aproveitou este ano e meio de pandemia e assumiu os seus cabelos brancos. Incrível!! Acto de coragem?!...

              Hummm dizem que o cinza, os cabelos grisalhos, são símbolos de maturidade e personalidade.

(Velhice mudou de nome, agora diz-me maturidade que é algo mais sofisticado e ilusório.)

              Junto desta conversa demagógica publicam as fotos de algumas figuras públicas ou artistas, bem penteadas e maquilhadas, com muito botox e muita hora gasta na maquilhagem (primário, sub-capa, pintura e acabamento) que foram sempre bonitas e serão sempre bonitas, independentemente da cor do cabelo.

              Estes sete motivos merecem o contraditório.

1 – Poupas na tinta e gastas no ácido hialurónico e no esticanço das rugas com linhas invisíveis. 

2- O foco da tua atenção abandona as raízes e passa para as olheiras que ficam maiores com os cabelos alvos. Algumas transportam olheiras tão grandes que parecem olharapos.

3 – Ajuda o cabelo a crescer... para quê se passas a vida a cortar as pontas?

4 – Sim os cabelos ficarão brancos, bonitos e saudáveis...tenho dúvidas, agora todos te olham com rosto de vóvó. Antes, a tua idade ao longe era indefinida, agora, ao longe, todos identificar-te-ão como mulher idosa, para não dizer velha.

5 - Sim mudas, o visual, mas para pior. Deixaste de ser balzaquiana e passaste para a bancada da geriatria;

6 – Nem tudo o que é natural é bom. Quem gosta de ter a mama caída, ou da pelagem da sovaqueira? natural? É, mas não é bom;

7 – Abandonaste o cabeleireiro e ficarás em casa a ver o Preço Certo;

              Pesando as vantagens e os inconvenientes, vou mazé ao cabeleireiro, tingir o cabelo como sempre o fiz.

              O Richard Gere é uma coisa, sempre foi novo, em velho, a Ministra da Cultura é outra coisa bem diferente, parece velha, sendo nova. Gere há só um, aquele e mais nenhum. A ministra está sempre com aspecto de desleixada com cabelo tipo espanador do pó.

              Se o teu marido elogiar o teu novo visual de cabeleira branca, desconfia, será melhor assumires o teu lado de detective para veres o que anda por ali, certamente encontra-se clandestinamente com outra mulher bem mais nova e de cabelo pintado, cheio de madeixas. 

              A teoria dos “negacionistas” da pelagem, não me atingem. Depois vêm aquelas que afirmam que no início é um choque, mas depois habituam-se... desenganem-se, não é como a coca-cola, que primeiro estranha-se, depois entranha-se naaaaa, é como usar fralda, ou aparelho para a apneia do sono. Primeiro olhas para o espelho e não te reconheces, verificas alarmada que os anos passaram e o teu cabelo parece polvilhado por farinha, depois, não te habituas, apenas te conformas, desistes um pouco de viver e convertes-te numa Cruella.

              Ainda estou para saber porque raio os dados dos outros foram parar à Rússia e, porque o povão fica todo feliz com um empate no futebol.

Publicado em NVR em 30/06/2021

28 junho, 2021

il divino


 Os melhores mestres de sempre.

Conheço muitas obras destes meus mestres, ao vivo, em suporte real, fico sempre emocionada e serão sempre experiências multisensorias. Hoje tive oportunidade de viver tudo de novo dentro de um espectáculo multimédia na mostra imersiva que se encontra na Alfândega do Porto. No final as primeiras palavras que disse a quem me acompanhava, foram:

- Sinto-me feliz e agradecida com a vida, por ter oportunidade de viver estes momentos. 

Os melhores mestres de sempre.

Conheço muitas obras destes meus mestres, ao vivo, em suporte real, fico sempre emocionada e serão sempre ricas experiências  multisensorias. Hoje tive oportunidade de viver tudo de novo dentro de um espectáculo multimédia na mostra imersiva que se encontra na Alfândega do Porto. No final as primeiras palavras que disse a quem me acompanhava, foram:

- Sinto-me feliz e agradecida com a vida, por ter oportunidade de viver estes momentos. A minha vida faz todo o sentido.

25 junho, 2021

AS CEGONHAS DA BILA

 


AS CEGONHAS DA BILA

            Tenho acompanhado a vida das cegonhas que moram no ninho da entrada do Jardim da Carreira, através da partilha de vários registos do you tube, que um membro do grupo “Vila Real, Linda Princesa”, realiza quase diariamente.

            Os vídeos possuem títulos interessantes:

            - “Cegonhas ao sol”,” As cegonhas já não cabem do ninho”, “Cegonha bebé faz o primeiro voo”, “Após granizada a cegonha mãe apresenta vermelhão”, “As cegonhas bebés já estão maiores que os pais”, “Cegonhas pachorrentas”, “As paredes do ninho das cegonhas caíram” e por aí fora.

            O casal de cegonhas e a ampliação da família, diáriamente, vão-me ocupando e seduzindo.

            Sabemos que são cegonhas brancas que anteriormente migravam para sítios mais quentes para passar o Inverno, onde a sua alimentação era mais abundante. O Norte de África era o destino, umas ficavam em Marrocos e outras continuavam até à Mauritânia, Mali, Senegal, ou até mesmo à Nigéria. O seu comportamento está a mudar e muitas cegonhas, agora, permanecem o ano todo em Portugal, devido ao aquecimento global – cerca de 20.000. A maioria habita as zonas dos arrozais dos rios Tejo e Sado.

            A sua dieta é composta por insectos, peixes, anfíbios, répteis, pequenos mamíferos e pequenas aves, sendo capturada no chão e, recentemente, a partir dos aterros sanitários. Esta mudança, aumenta a probabilidade da sua sobrevivência, porém, as cegonhas jovens são todas migradoras.

            O casal é sempre o mesmo, já que são monogâmicos. Constroem um ninho grande, com pequenos paus e este será ampliado e melhorado nos anos seguintes.

            Nunca tinha visto um ninho de cegonhas em Vila Real. Em Trás-os-Montes a sua permanência é pouco comum; nidificam na Veiga de Chaves, na zona das Pedras Salgadas, na serra da Coroa e na zona de Miranda do Douro.

            As da Bila escolheram o centro urbano para fazer o ninho, sobre o resto da palmeira existente à entrada de um espaço icónico da cidade. Tenho-me deliciado a observar os preparativos para o primeiro voo das crias.

            Talvez algumas crianças ao ver as cegonhas, irão perguntar se serão elas que lhes irão trazer os irmãos, já que a cegonha, tem esse simbolismo colado, de trazer os recém-nascidos, acrescentando-se, de Paris. A lenda nasceu na Europa, que os recém-nascidos são encontrados em cavernas e são transportados num cesto para os futuros papás. Esta é a crença mais vulgar, mas existem outras que vão enriquecendo o imaginário dos humanos –alimentam os pais envelhecidos, matam os filhotes mais frágeis que não aguentam o voo da migração, a punição da infidelidade da fêmea, entre outras.

            A construção do ninho é realizada com diversos materiais, tais como galhos, folhas, pêlo ou até resíduos produzidos pelo homem. Descobri que há amigos das cegonhas, que tentam atrai-las para junto das suas casas ou até para o telhado das mesmas, facilitando-lhes o trabalho da construção do ninho, optimizando uma estrutura de base circular, com um metro de diâmetro, seguindo-se o entrelaçado de pequenos ramos – a web explica tudo. Alguns acreditam que ter um ninho de cegonha por perto, atrai a paz e a estabilidade financeira da família.

            Bora Lá, mãos à obra!... nunca esqueça que elas são todas criaturas bonitinhas e fofinhas, mas produzem excrementos e fazem alguns barulhos produzidos pela colisão do maxilar e da mandíbula. Estes barulhos fortes parecem castanholas e podem incomodar os esquisitos.

Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=FQiyk_sUvok

Publicado em NVR 23/06/2021

23 junho, 2021

20 junho, 2021

NATURALIS

 


CHI PARDELINHA, HUGO E EU em Naturalis

19 junho, 2021

MULHERES


 Projectos que se iniciam...

Um caminho pensado há muito tempo e sem tempo para se concretizar.
Foram necessários 2 confinamentos no meu estirador.
Não sei se gostam.
O rebusco da cultura portuguesa,
                o favorecimento da aguarela de vieux chaine,
                            uma viagem rápida a Viana do Castelo,
                                        uma união feliz.
"Mulheres"
Anabela Quelhas

JANGADA DE PEDRA

 

JANGADA DE PEDRA

Realizador: George Sluizer

Adaptação da obra de José Saramago

*****

17 junho, 2021

Porque a vida é um momento.

Fazer um brake na rotina e sair por aí em boa companhia. Desligar os compromissos e accionar o alto-astral. Subir no funicular até ao Sítio, admirar a capelinha de Nossa Sra da Nazaré. Perceber a malha urbana vista em picado. Visitar a salga do peixe. Apreciar a boa gastronomia da praia da Nazaré, beber uma boa sangria, fazer compras interessantes, ser surpreendia, rir muito e trabalhar para o bronze. Porque a vida é um momento. 



 

12 junho, 2021

BALOIÇO DA NAZARÉ


 BALOIÇO DA NAZARÉ

em boa companhia, muito humor, muito relaxamento e boa comida. 

Uma pausa nas responsabilidades, emergindo do confinamento.

Casa da bonequinha.  

10 junho, 2021

CASA BONEQUINHA

 







Beco dos Cedros N-4, 2450-228 Nazaré