Imagina um
neurótico sempre mal disposto, sempre com uma azia mental crónica…
Imagina um
neurótico sempre a gritar, porque nunca aprendeu a falar baixo, nem a respeitar
os outros, muito menos a valorizar.
Minha kamba
imagina um neurótico sempre a neuróticar como se o mundo todo lhe fosse desabar
em cima sem lhe pedir licença…
Fazer o quê?
Já não aguentas
ouvir, nem olhar, já nem o queres ver pintado de ouro. Já panicas e queres ir
embora por esse mundo fora para fugir aquele descontrole tóxico, várias vezes avisado e intimado. Já não vives o
interesse, muito menos a admiração, o respeito e a tolerância esgotam-se
Quando já se te
exagera na sobrecarga, vestes o silêncio da cabeça aos pés, soltas a liberdade
e vais por outro caminho, criando condições para a tua sanidade mental. Para
fora do teu quintal, o mundo está cheio de caminhos menos gritantes, com menos
neuroses e mais assertivos contigo e com os outros. Felizmente o mundo é grande.
In Ensaios de
escrita, um projecto sempre adiado – Anabela Quelhas
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