Decidi deslizar
no teu olhar. Cidade de muito olhares urbanos, com asfalto e terra vermelha,
que dá vontade de deslizar. Peço emprestado carrinho de rolamentos lá nas
Ingombotas para ninguém me xingue se deveria ser assim ou assado. Há sempre um
assado, em terra de churrasco, que vira maka no calor da discussão. Visto os calções
brancos, calço os meus quedes, solto o cabelo ao vento que me chega do lado da
Corimba e coloco os óculos fumé. Escolho o sítio do teu olhar onde vou iniciar
esta aventura. Já nem oiço a voz dos outros kandengues:
- Força
Jopilinha, tu consegues.
Mal paro no teu
olhar já estou seduzida e enfeitiçada para te deslizar e te guardar o resto da
vida.
In Ensaios de
escrita, um projecto sempre adiado – Anabela Quelhas
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