Quem é Han Kang
Han Kang é uma
escritora da Coreia do Sul, nascida em 1970 e sobre a qual nada sei, o que não
lhe retira valor.
Ela nasceu em Gwangju e
aos 10 anos, mudou-se para Seul com a família. O seu pai é um romancista de
renome.
Possui formação
literária e a sua carreira é recheada de prémios literários. A sua obra mais
conhecida é “A Vegetariana” e parece ser tema central da sua obra, a relação da
humanidade com a natureza, tão valorizada e publicitada actualmente.
Tem apenas quatro obras
traduzidas para português: “Lições de Grego” (2023), “O livro branco” (2019),
“Atos Humanos” (2017) e “A Vegetariana” (2013).
É a 18.ª mulher a
receber o Prémio Nobel da Literatura. A Academia Sueca justificou a escolha de
Han Kang pela “sua intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e
expõe as fragilidades da vida humana. A autora tem uma consciência única das
ligações entre o corpo e a alma, os vivos e os mortos, e, com o seu estilo
poético e experimental, tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea".
“Despedidas
impossíveis” o novo romance de Han Kang será publicado em Portugal ainda este
ano.
Dediquei-me à pesquisa
na internet, consultei cerca de 15 sites e apenas consegui recolher o que aqui
partilho, o que é pouco. É curioso que todas as minhas fontes de informação
repetem apenas a justificação da Academia, percebendo-se o desconhecimento ou a
pouca valorização literária no mundo ocidental.
Ganhar o prémio Nobel é
abrir a porta do mundo, atraindo a atenção de muitos leitores, o que poderá
implicar num grande aumento de vendas dos seus livros. Veremos o que vai
acontecer, se ela terá “estofo para se aguentar às balas”.
Com muita pena minha, temos
atribuído mais um Prémio Nobel da Literatura, sem o nome de António Lobo Antunes,
escritor com uma obra literária, extensa, de grande qualidade e traduzida em
mais de vinte idiomas. Não sei se já sou eu, com esta birra tendenciosa, de o
avaliar sempre melhor do que aos outros, por gostar demais da sua obra e da sua
personalidade, ou se de facto é preciso uma grande “máquina” de publicitação e
pressão para quem está em Estocolmo, abrir a pestana. Falta uma Pilar na vida
de António. Estou triste, porque este seria um ano decisivo. Só comprarei o
livro “A vegetariana”, quando me passar esta telha… até o título não me atrai! Encontro-me
em dieta, em estado alucinatório, observo preocupada o vendaval da minha janela
e até já vejo as tripas aos molhos e as francesinhas a pairar ao nível da
mesma.
Publicado em NVR 16/10/2024
Sem comentários:
Enviar um comentário