Um grande abraço de gratidão a
todos que me felicitaram.
Habituei-me a reservar tempo para
meditar. Penso no que faço, no que me acontece, no bem que posso eventualmente
proporcionar aos outros, penso nas minhas angústias, nos meus medos, nos meus
erros e penso obrigatoriamente em quem gosta de mim, os meus amigos:
- Aqueles que aceitam as minhas
gargalhadas e os meus momentos de mau humor, aqueles que pensam como eu e
aqueles que pensam de forma diferente, mas que sabem construir empatias comigo.
Admiro aqueles que ouvem
pacientemente as minhas teorias surreais e absurdas, as quais se concluem com
dois belos sorrisos, e que me põem a pensar na minha loucura amadurecida à
força do tempo. Considero a tolerância de alguns, perante as minhas provocações
e o meu sentido de humor, por vezes cáustico, que me faz explorar o fio da
navalha, sem nunca desrespeitar o outro, mas intencionalmente o faz sair da sua
zona de conforto. Penso naqueles que me ajudam em pequenos pormenores, para que
grandes projetos sejam bem-sucedidos.
São todos importantes para mim.
Não gosto de vos juntar, porque
cada um tem a sua circunstância que eu respeito e não gosto de a partilhar com
ninguém. No fundo talvez seja invejosa e ciumenta de vós. Penso que ainda não
inventaram palavras mais bonitas para definir esta atitude. Quero-vos só para
mim. Porque cada um conhece as minhas fragilidades, tranquiliza as minhas
problemáticas mal resolvidas, e reforça o meu mundo interior multifacetado. Protegem
a minha orfandade crónica, tentam enraizar-me em terras que não são minhas e
desenham-me outros céus que eu poderia adoptar, mesmo sabendo que nada passa de
uma ilusão infinita.
Os meus amigos sempre secam as
minhas lágrimas que raramente se vertem, mas que alguns vislumbram entre
palavras e olhares. Todos acarinham as minhas utopias, o meu amor platónico por
aquilo que nunca foi e tentam entender o meu descompasso com a vida e os
preconceitos que não tenho. Penso que não seria eu, sem todos vós. A amizade é
como uma doença “contagiosa” que deixa sempre algo no outro, e isso é bom,
porque nos torna cada vez mais humanos e mais conformados com as incertezas.
Uns telefonam, outros esperam-me
para jantar, outros enviam mensagens e outros sei que me pensam, e isso é tão
bom! Uns conhecem-me pelo meu nome, outros chamam-me papa-museus, Árthemis, Jopilinha,
Senhora dos anéis, Ana d’Or, Maga Patalógica… todos são nomes carinhosos, que
um dia tenho que adicioná-los ao meu cartão de cidadão. O nome pouco interessa,
interessa é a nossa convergência. Apesar das minhas contradições sou-vos sempre
leal.
Grata por tudo, um dia ganho
coragem e junto todos.
Nota: Peço desculpa por não memorizar
datas de aniversário, para quem não felicitei, felicito agora.
2 comentários:
Sra Arquitecta Quelhas
Felicito-a por completar mais um ano, sempre inspirada e a transbordar sabedoria e bom humor.
Cumprimentos
Minha amiga, te gosto tanto. Beijinho
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