30 julho, 2024

Espiral do tempo


 Espiral do tempo e do pensamento que nos transporta a todos os lugares. A dialéctica funciona como estrutura evolutiva. Saudações para todos que me ensinaram a entender a minha espiral, que me tornaram numa pessoa melhor e mais humana.  

25 julho, 2024

ROL DE CORNUDOS

 

“Com paciência, tenacidade e uma assombrosa documentação literária, Camilo José Cela lança-se à tarefa de catalogar a abundância dessa espécie. Pode tomar-se o livro como um roteiro de «marginalizados e ofendidos», como um exercício de estilo puro e simples, como um labirinto jocoso de tipos humanos que caíram em desgraça, como um jogo que nos coloca no tabuleiro dos preconceitos e azares de sociedade - ou, finalmente, como um roteiro bem-humorado de personagens vagamente literários, vagamente vizinhos e próximos, vagamente risíveis e heroicos, todos eles identificados pelas suas virtudes.”

Conheço alguns, com armaduras bem merecidas, se lhe colocassem um lençol nos cornos, navegavam até às Américas. Gostam e repetem. 

ANTECIPANDO

 


24 julho, 2024

Os bancos públicos (de sentar)

 

Nada melhor do que encontrar um sítio aprazível para sentar, quando estamos cansados ou quando pretendemos relaxar e espairecer. O banco público de sentar, assento colectivo, é bem necessário ao bem-estar físico do Homem e à sua integração social.

O denominado mobiliário urbano visa satisfazer as necessidades dos cidadãos, proporcionar conforto, contribuir para uma melhor qualidade de vida e deve estar sempre interligado com o desenho e a organização das cidades. O banco público é talvez uma das peças mais apreciadas do mobiliário urbano, tantas vezes mencionado pelos poetas e representado pelos artistas plásticos, como lugar de repouso agradável e por vezes romântico. Nem todos os lugares são adequados para a sua localização; praças, avenidas de passeios largos, miradouros, jardins ou áreas arborizadas, são os eleitos para conferir à permanência, repouso e relaxamento em espaço ao ar livre, porque não é só sentar, é preciso sensibilizar os sentidos.

Já algumas vezes, pretendendo ouvir o rio e descansar a mente procurei sítio para sentar nas margens do Corgo, sem sucesso. Com a minha idade nem me atrevo a utilizar aqueles bancos de betão junto ao regato das lavadeiras, desconfortáveis e com acesso dificultado. No parque florestal, os bancos e mesas estão com frequência cheios de garrafas e copos de plásticos resultantes das noitadas dos jovens “preocupados” com o ambiente, seguem-se dois ou três sítios, ao longo do percurso pedestre junto ao rio, com bancos sem encosto. Experimentei levar cadeira desdobrável de casa e ficar no relvado em Codessais a pasmar para o rio e a ler nos intervalos - um sítio de excelência para a prática deste exercício, porém, percebi que eu representava alguém excêntrico e anormal, pelo olhar que me dirigiam todos os que por ali caminhavam. Passei para a nossa Avenida moderna e como sabemos, por ali, em dias de Verão, só à noite é possível permanecer. Restava-me o velhinho Jardim da Carreira (sempre a cumprir a sua função), os bancos do fontanário junto à Renort, pouco limpos localizados num espaço mal-cheiroso devido aos dejectos dos animais de 2 e 4 patas e os bancos da Praça da Sra da Conceição, modernos e decentes.

Percebo agora, que a cidade de Vila Real acaba de sofrer uma “overdose” de bancos públicos. E eu digo: FINALMENTE, QUE BOM adicionando alguns “poréns”, mesmo não tendo visto todos.

Foram mãos cuidadosas que localizaram os bancos na Avenida Aureliano Barrigas. A sua localização está assinalada no chão, portanto não houve erro. Sento-me num deles, e dali apenas vejo os automóveis a passar. A minha cabeça ora oscila para a esquerda, ora oscila para a direita, acompanhando o movimento dos automóveis. Parece que estou a ver um torneio de ténis. Tento respirar fundo, absorvendo o combustível dos automóveis para ver se um pouco de dióxido de carbono reduz o meu sentido crítico. Quem anda a caminhar passa por trás de mim, cumprimentando-me, e quase faço um torcicolo por me virar tantas vezes.

Decido mudar de lugar e atravesso a avenida. Encontro mais três bancos, também com traçado no chão, estudado. Estes, em vez de estarem virados para o trânsito, estão virados para os edifícios adjacentes. Deixo de contar automóveis e passo a ter o meu foco na loja da terapia da fala. Eu que por vezes gaguejo, e plisso imensas vezes atropelando as palavras, fico ali consciencializando-me que terei de agendar uma consulta; mais â frente, outro banco com vista para a Farmácia Seixas e o terceiro, com vista para Regina Sul, que desconheço. Os bancos voltados para a via urbana, com tráfego intenso, são casos a evitar e a anular. Caramba, esqueceram-se que nesta situação, apenas resulta o banco duplo, perpendicular à via de circulação automóvel?! Subo para a Rua 20 de Julho onde os bancos estão localizados entre os edifícios, muito bem seria se não tivessem virado as costas à paisagem.

Perante tamanha operação de dotação de mobiliário urbano, pena foi não agarrar a oportunidade para construir bancos com design personalizado ligado à identidade da nossa cidade, e de linguagem contemporânea; em vez disso, optaram pelo banco tradicional do século XIX,… às tantas redesenhado por Siza Vieira, com o nome de banco de Serralves (ainda não pude ver ao perto e desculpem a minha sensibilidade e franqueza, mas vai dar ao mesmo), que não fica bem, nem mal, ou pelo banco das três tábuas, mais moderno, mas tão fraquinho! Pensem no tanto que se poderia desenhar com as letras V e R, com a curva do perfil do Marão… ou até com o Aleu.

É difícil agradar a todos e é fácil desagradar através destas desatenções - pouca criatividade.

Publicado em NVR em 24/07/2024

21 julho, 2024

O MEU MAPA MUNDO

 


O MEU MAPA MUNDO.

Sé Catedral de Santarém


A polémica do novo altar do presbitério da Sé Catedral de Santarém.

Gosto das novas peças aí colocadas apesar do estilo barroco do espaço religioso.

3 sólidos geométricos, com decoração em baixo relevo, assumem a linguagem artística contemporânea, sem estragar na.

Excelente


 

18 julho, 2024

coletânea PALAVRAS DE LIBERDADE

 







A apresentação da coletânea PALAVRAS DE LIBERDADE ocorreu no magnifico auditório do Arquivo Distrital de Vila Real, dia 18 de Julho de 2024.

Constituiu oportunidade para divulgar esta obra ímpar dos autores que integram a Academia de Literária de Trás-os-Montes, sobre estes 50 anos de Abril e também para participar num evento multicultural, que uniu esta academia à Federação Brasileira dos Académicos das Ciências, Letras e Artes.  

Foram outorgados com o título de Doutores Honoris Causa Assunção Morais e Francisco Caseiro Marques pelo Centro Samarthiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos.

Foi noite de grande destaque na vida cultural de Vila Real e no percursos destes dois cidadãos culturalmente activos do distrito de Trás-os-Montes e residentes em Vila Real. 

Participei com um texto referenciado na apresentação, localizado na página 61, denominado por "A vida amanhece" e que foca diversos temas: Guerra colonial, a interioridade, o analfabetismo, a educação de adultos e essencialmente a democracia- partilharei oportunamente.

Um agradecimento especial à equipa que coordenou todo este trabalho e um abraço a colegas, amigos e família, que marcaram presença:

Teresa Marques, Hilário Neri, Sofia Doutel, Esperança Casado, Ana André, Ana Maria Palheiros José Armando Ferreira, M. Ermelinda Quelhas e Agostinho Rodrigues.



17 julho, 2024

Década da Paz de Nelson Mandela



Em 24 de setembro de 2018, a sede das Nações Unidas reuniu os líderes mundiais para a denominada Cimeira da Paz desta vez em homenagem a Nelson Mandela; quase 100 Chefes de Estado criaram uma declaração política empenhada em construir um mundo melhor, mais justo, pacífico, próspero, propondo o período de 2019 a 2028 como a Década da Paz de Nelson Mandela,

Escolheu-se Mandela para representar a paz no mundo, devido ao seu perfil de ser humano humilde, tolerante e à sua capacidade de perdoar e manifestar compaixão pelo outro, reconhecendo ainda a sua contribuição para a luta pela democracia e pela paz no mundo.

Decidimos ir além das palavras na promoção de sociedades pacíficas, justas, inclusivas e não discriminatórias”, prometeram os líderes e declarando também que o racismo, a xenofobia e a intolerância representam exactamente o oposto dos objectivos das Nações Unidas. Sublinharam o seu foco e empenho em proteger os direitos das crianças, especialmente em conflitos armados. “Proteger as crianças contribui para quebrar o ciclo de violência e lança as sementes para a paz futura”, afirma a Declaração.

A Declaração, refere ainda. “É claro que a paz duradoura não é alcançada apenas pela ausência de conflito armado, mas é alcançada através de um processo contínuo de diálogo positivo, dinâmico, inclusivo e participativo”.

Esquecemos isto, e cá estamos em 2024 a comemorar mais um dia Internacional de Nelson Mandela, a 18 de julho, e estamos à beira de uma guerra mundial, porque em vez de se trabalhar para a paz, tem-se trabalhado para a guerra, ignorando as crianças e os desprotegidos, com um balanço absolutamente deplorável para a Humanidade, formado por milhares de mortos e de famílias desaparecidas e enlutadas. Quem invade perde razão, porém, eu aposto “todas as fichas” em diplomacia para atingir a paz. Violência gera violência, portanto a guerra não é o caminho.

Sobre a década de paz, parece que tudo correu mal, e pouco se cumpriu destas belas intenções, o que merece sempre mais uma reflexão.

Partilho a mensagem que António Guterres, Secretário-Geral da ONU, deixa sobre o Dia Internacional Nelson Mandela 2024, que é divulgada em todo o mundo; apesar de referir os direitos humanos e a proposta para construir um mundo melhor, estranhamente, e isso indigna-me, não sublinhou a necessidade urgente de parar as guerras.

“Nelson Mandela mostrou-nos a extraordinária diferença que uma pessoa pode fazer na construção de um mundo melhor.

E como nos lembra o tema do Dia Internacional de Nelson Mandela deste ano – o combate à pobreza e à desigualdade está nas nossas mãos.

O nosso mundo é desigual e dividido. A fome e a pobreza são abundantes.

Os 1% mais ricos são responsáveis ​​pela mesma quantidade de gases com efeito de estufa que destroem o planeta que dois terços da humanidade.

Estes não são factos naturais. São o resultado das escolhas da humanidade. Podemos decidir fazer as coisas de maneira diferente.

Podemos optar por erradicar a pobreza.

Podemos optar por acabar com a desigualdade.

Podemos optar por transformar o sistema económico e financeiro internacional em nome da equidade.

Podemos optar por combater o racismo, respeitar os direitos humanos, combater as alterações climáticas e criar um mundo que funcione para toda a humanidade.

Cada um de nós pode contribuir – através de ações grandes e pequenas.

Uno-me à Fundação Nelson Mandela no apelo a todos para que prestem 67 minutos de serviço público no Dia Internacional de Nelson Mandela – um minuto por cada ano em que ele lutou pela justiça.

Juntos, vamos honrar o legado de Madiba e virar as mãos para a construção de um mundo melhor para todos.”

[https://www.un.org/en/events/mandeladay/events_2024_SG.shtml]

Publicado em NVR 17/07/2024

14 julho, 2024

ANTECIPANDO

 Zenit Convento San Martin

 San Martin Kalea, 45, 20007 San Sebastián, Espanha

 







13 julho, 2024

BLUE

 57% dos homens e 35% das mulheres consideram o azul sua cor favorita. Ela é agradável aos olhos e gera um efeito de calma.

















11 julho, 2024

JAUNE

A cor amarela significa luz, calor, descontração, optimismo e alegria. O amarelo simboliza o sol, o verão, a prosperidade e a felicidade. É uma cor inspiradora e que desperta a criatividade. Estimula as actividades mentais e o raciocínio.