Catal Hüyük (Anatólia Central, Turquia) é um dos sítios arqueológicos mais importantes do Médio Oriente, com uma ocupação que remonta a 8000 anos (6500-5700 a.C.).
Área: 13 hectares
É indicada por muitos a cidade mais antiga do mundo
(cidade neolítica).
Formada por pequenas casas unidas entre si, com entrada
localizada nos telhados, onde se desce através de uma escada de madeira. As aberturas localizadas nas partes mais elevadas das paredes servem de ventilação. A compacta aldeia, construída e
refeita ao longo dos séculos, é cercada por terras agrícolas.
O seu desenho urbano resulta na junção orgânica de vários
quadriláteros, sem qualquer ordem visível.
O material das paredes são tijolos de barro cozidos ao sol e os telhados são feitos de madeira e esteiras de junco sobre as quais é colocada uma camada de lama compactada. Essa cobertura serve para as pessoas se deslocarem e para se reunir entre elas. Não existem ruas ou locais de passagem definidos.
Os espaços habitáveis são todos muito semelhantes, deduzindo-se que fosse uma comunidade bastante igualitária, porém surgem vestígios de rituais, como o enterro. Aparecem esqueletos com pigmentos associados – ocre-vermelho e o cinábrio e o azul/verde. Curiosamente cada pessoa que morre implica a pintura das paredes, assim o número de enterros num edifício parece estar associado ao número de camadas subsequentes de pinturas arquitetónicas.
As casas organizavam-se em plataformas distribuídas consoante a sua função -para dormir,
sentar ou trabalhar, e um fogão - e separadas pelo conceito, mais limpas e mais
sujas.
Os mortos eram enterrados dentro da própria casa em
posição fetal, sob plataformas que talvez fossem usadas como cama.
Um aspecto muito marcante são as estatuetas femininas que
representam a idealização de uma divindade feminina ou a Deusa mãe. Embora
houvesse representações masculinas, as estatuetas femininas são em maior
número, não restando dúvidas.
Anabela Quelhas (arqtª)
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