Os valentões que gostam de andar ao
pontapé e ao chapadão, devem escolher parceiro que possa devolver no dobro a
dose de violência. Caso contrário, qual é a piada? Quando um homem bate numa mulher desceu ao
degrau mais baixo da cidadania e da boçalidade. Pode ter toda a razão do mundo,
mas perde-a no acto animalesco que é bater em alguém fisicamente mais frágil.
Na nossa sociedade, infelizmente,
anda muito instinto violento disfarçado de homens aparentemente decentes, com
quem cruzamos na rua, que encontramos no local de trabalho, que se sentam ao
nosso lado no metro, porém, em algum momento das suas vidas deixam de ter
controle do seu instinto e assumem a sua inteligência fraquinha e a sua
personalidade nojenta.
Os especialistas constatam que não
existe um perfil típico do agressor e que há vários tipos de violência, mesmo
assim, a existência de diferentes tipos de agressores não significa que algumas
formas de maus-tratos não sejam graves e condenáveis. O facto da violência de
um homem ser menos frequente ou menos intensa do que a de outro, não torna o seu
comportamento justificável. Não existe violência “aceitável”. E quem bate uma
vez, bate duas ou três.
Aquela justificação primária “perdi a
cabeça” é a justificação mais imbecil que conheço. Quando perdem a cabeça,
fustiguem-se, bebam azeite a ferver, pendurem-se do lado exterior da varanda,
será o melhor exemplo que podem dar aos seus filhos ou à sua família.
Mas porque é que os homens agridem as
mulheres que lhe são próximas? Porque querem afirmar a sua suposta superioridade,
porque não suportam ser contrariados, porque lhes falta poder de argumentação, inteligência
emocional, porque fazem renascer o seu machismo vil e bafiento (fico-me pelas
palavras mais bonitas e aquelas que a minha educação permite).
Orange the world – movimento
internacional que combate a violência contra as meninas e as mulheres - 25 de novembro de 2023.
“A violência contra as mulheres e
doméstica é uma grave violação dos direitos humanos e uma forma de
discriminação com impacto não apenas nas vítimas, mas na sociedade no seu
conjunto.(…)
A Convenção de Istambul reconhece que
a violência contra as mulheres e a violência doméstica é um problema de saúde
pública, assim como educacional, social, de segurança e criminal – assumindo
diversas formas, como a violência doméstica – onde se inclui a violência no
namorou a mutilação genital feminina.” (…)
https://www.cig.gov.pt/area-portal-da-violencia/enquadramento/
“Se precisar de ajuda ou tiver
conhecimento de alguma situação de violência doméstica, envie uma mensagem para
a Linha SMS 3060 ou ligue 800 202 148. Esta linha é gratuita, funciona 7 dias
por semana, 24 horas por dia.”
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