BOAS PRÁTICAS NA ALTM
Pretendo formalizar a
minha satisfação pelo dinamismo da Academia de Letras de Trás-os-Montes que se
concretiza em várias vertentes, e dando expressão e partilha a várias artes.
Fundada em 2010 a ALTM
tem como missão “reunir homens e mulheres de letras de Trás-os-Montes, no
sentido de se darem a conhecer, de resgatar a memória de tantos escritores e
homens de letras e dá-los a conhecer, incentivar a produção literária sobre a
temática transmontana, o nosso património imaterial e identidade”. Esta missão
agrada-me; apesar de não ser transmontana, tenho por cá raízes, porém, as
minhas rotinas raramente passam por Bragança, mesmo assim, e com uma obra
modesta, eu não fui até Bragança, mas veio Bragança até mim, e integro esta Academia
com o número 218, há 4 anos.
A ALTM em vez de se
fechar sobre si mesma, construindo uma bolha elitista e intelectual centrada no
seu umbigo, abre as portas e janelas para o mundo, numa visão desassombrada,
universal, progressista e inclusiva.
Aprecio o dinamismo da
direção, sempre com novidades, abre horizontes aos autores, associando-se a
outras artes, e marcando sempre presença na vida de muitos de nós. A
organização e o rigor talvez sejam o segredo. Não recebo convites em cima da
hora, as cerimónias dos seus eventos são pontos fortes e de destaque na acção
desta academia. Através da academia chega-me informação diversa do mundo
literário de diversos pontos do país. Já participei em duas coletâneas
literárias, que estimularam a criação literária dos participantes e, numa
exposição de artes plásticas.
Nestas estruturas pode
haver dois caminhos, ignorar quem faz, quem cria, quem luta para tornar
possível a magia das palavras, e há o caminho da valorização, da união, da
troca e de criar oportunidades para a visibilidade. Esta direcção ainda possui
outra qualidade, sempre atenta e disposta a resolver alguns constrangimentos
dos associados, apoia e ajuda na sua participação e envolvimento.
Boas práticas.
Neste mundo do século
XXI, século da informação, é importante, ultrapassar o paradigma da
interioridade e trocar experiências, fomentar a criatividade, criar elos de
convergência entre as artes, identificar os criativos, as suas manifestações
artísticas e explorar mundos interiores diversos e surpreendentes, que podem
modelar melhor e enriquecer esta condição de se ser de um território, associá-lo
à cultura, resgatando ou criando memória, distinguindo-o dos outros e, em
simultâneo, marcar presença na multiculturalidade.
Bem-hajam.
Publicado em NVR 21/06/2023
2 comentários:
Louvo a apreciação que fez, pois demonstra que a ação da ALTM está bem interiorizada na cara associada. A par, agradeço, em nome da direção, este texto público!
Odete Costa Ferreira
Opinião sentida, Beijinho
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