O dia 13 é o teu dia. Um algarismo sem azares e cheio de
afectos de mãe, manifestados desde onde o meu conhecimento não alcança.
Gostava das tuas mãos que me acariciavam, dos teus olhos que
me protegiam, do teu colo que me acolhia, da tua gargalhada que me entusiasmava,
da tua determinação que me iluminava caminhos, da tua resistência que eu
tentava copiar, da tua força que nunca tive.
Aos 6 anos usei os teus vestidos, davam-me até aos pés, arrastavam
pelo chão, calçava os teus sapatos e pavoneava-me ao espelho, querendo
imitar-te e tu sempre me ensinaste a construir a minha própria identidade.
Tinhas a sabedoria de converter o árido em confortável, o
insalubre em gostoso, o desinteressante em útil e o impossível em realizável.
Quase nunca te vi doente antes da hecatombe final, nunca te
ouvi uma queixa, nunca percebi um desaire, um desânimo…
Por onde andarás?
AQ
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