A manipulação psicológica
Segundo o
dicionário, manipulação significa:
“Intervir no desenvolvimento de determinado sistema ou
processo, com vista à alteração da sua evolução natural. Condicionar, influenciar, geralmente em
proveito próprio. Adulterar, falsificar.”
Ao longo
deste processo pandémico ouvimos, mesmo sem querer, o “discurso do contra”- é no diálogo
com os amigos, é na espera na fila da farmácia, é na rede social… partindo de
pessoas, que não o fazem, na maioria das vezes, com um propósito consciente,
mas que o fazem, porque o mal dizer, faz parte da nossa cultura.
Apetece
sempre perguntar, então o que farias se fosses Ministro da Saúde? Qual é a
solução brilhante que tens para resolver o problema que nos afecta a todos? Como
conciliar todos os parâmetros que aqui estão bem visíveis, a saúde, o trabalho,
as relações sociais? E afinal como cidadão, o que tens feito?
“Porque o
Costa facilitou no Natal.” Verdade, e se não tivesse facilitado? Qual seria
o discurso do contra? Foi o Costa que veio passar o Natal com a minha família?
A
manipulação psicológica é uma corrente de influência dirigida através da
sociedade, que visa mudar o comportamento ou a percepção dos outros, através de
subterfúgios e discursos enganosos, orientados para a dissimulação. Quando são
realizados de forma consciente são considerados desonestos e há muitos truques para
nos confundir e os converter num sucesso, criando sempre a ilusão que somos
alertados por mentes superiores.
Esta forma
de acção intencional dirigida e focada, para além de gerar, dúvida e
questionamentos, nunca tem como intenção a persuasão no sentido da melhoria e da
resolução dos problemas, mas sim um movimento de fundo invisível, capaz de
destabilizar as pessoas, sugestioná-las nas suas avaliações pessoais, apelando
e jogando estratégicamente no tabuleiro das nossas fraquezas e receios
emocionais, gerando o medo, a depressão, o descontrole e, neste caso, apelando
descaradamente para o não cumprimento de regras profiláticas essenciais e
básicas para a nossa protecção.
Por trás de
um discurso afável, amigo, esconde-se o discurso de manipulação psicológica,
escolhendo a vulnerabilidade da vitima, e escondendo a perspicácia cruel do
manipulador que se alimenta da dor alheia - reduzir a força de vontade do
outro, semear a dúvida, apontar defeitos, deturpar a realidade, criar discussão
e mal entendidos.
Nesta caso
da pandemia, os manipuladores não apresentam soluções porque não as têm, citam
experiências na China que não existem, sublinham teorias e investigadores
falsos e alimentam a onda de fundo invisível que só tem um obectivo: destruir
politicamente quem está no poder, criar medo, destabilizar, gerar o caos. Apresentam
conversas sem sentido, teorias geradas lá do outro lado do mundo, que ninguém
testou ou comprovou, generalizam factos sem análise e sem avaliação concreta,
procuram abalar a nossa auto-estima induzindo-nos a repensar em tudo o que
acreditamos e o que consideramos lógico e justo.
Parem lá com
a teoria dos chineses, eles já cá estão e dominam o comércio. Estamos no século
XXI, e ao longo da História, o comércio e a manipulação das mentes são a origem
de toda a dinâmica de avanços e recuos civilizacionais.
Boa semana e
não vão em conversas, deixem de ser marionetas e pensem por si.
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