
Bem, tadinho do Minotauro, que lhe acabaram com as suas festas orgíacas!
Valeu ao Teseu, para além da espada, o fio do novelo de lã ofertado por Ariadne, que sendo mágico ou não, lhe possibilitou encontrar o caminho de saída do labirinto, arquitectado por Dédalo.
Valeu ao Teseu, para além da espada, o fio do novelo de lã ofertado por Ariadne, que sendo mágico ou não, lhe possibilitou encontrar o caminho de saída do labirinto, arquitectado por Dédalo.
Aprecio o exercício de descobrir caminhos, mas projectar um labirinto é muito melhor, é um exercíco lúdico que envolve em simultâneo, as perspectivas do projectista e do utilizador, somado ao objectivo da dificuldade - exercício sado-criativo que envolve esquemas mentais tortuosos! Já experimentei e gostei… daí este interesse virar paixão. O prazer de fazer o utilizador perder-se, anular o mais rápido possível o eixo de orientação que tentou construir desde a entrada, construir a sensação de avanço, através de um grande percurso percorrido, mas que afinal se encontra ainda junto à entrada, induzir em erro nos caminhos de regresso dos falsos percursos.
Enfim, chegar perto do caos!
Afinal o nosso cérebro é facilmente ludibriável!
As experiências escultóricas de Richard Serra (um dia falo-vos deste escultor) e outros ensaístas, abrem outras perspectivas nos meandros labirínticos, que tenho registado como possibilidades a cumprir no futuro. Para além da sensação de engano, de erro, de frustração, de desorientação, somar a sensação de náusea, desconforto físico, de vertigem, provocada pela completa falha nos três eixos de referência, x, y e z, já é possível, e é fácil, fácil! (no que eu me entretenho! Qualquer dia contratam-me para um parque de diversões!)
(cont)
(cont)

3 comentários:
Simplesmente, fabuloso!
Estou de rastos.
Isto só pode ser teu? Não vejo mais ninguém que escreva aqui, porque este site é teu. Por isso, só pode ser teu. Certo?
Estou arrasado. Deslumbrado. Atónito.
Só posso dizer duas palavras:
Espectacular! Fabuloso!
Oh, meu Deus! Publica. E, depressinha! Senão dá-me um treco.
SEM PALAVRAS! Sinto-me muito pequenino!
Beijão.
pena gil
Pena:
Ainda tens paciência para me ler!!!! És um óptimo parceiro de estir@dor!
Há muito anos atrás, tive um parceiro, que partilhava do meu estirador nas Belas Artes, chamava-se Gonçalo e funcionavamos como consciência um do outro. A nossa crítica era exercída de forma dura, real, sem salamaleques... mas absolutamente necessária para progredirmos no exercício da arquitectura.
Anabela:
Acredito.
Tu és perfeita quando escreves. Pões sentimento na escrita. Dedicação. Fervor e fundamento.
Que tenho eu para ser duro para contigo?
Oh, Anabela! O Gonçalo era um imberbe rapaz e tu uma menina. Deviam ser sentimentos de ouro, mas numa altura inadequada, num tempo de tenra idade, puro e belo.
Por quê tirar-te talento, se ele existe? Um talento que teimas em não ser conhecido?
Olha, vai dormir que o teu mal é sono. São palavras tuas, assim, como não esqueço que quem me iniciou nesta história dos blogs foi alguém sublime que não se esquece.
Vou jantar que o meu mal é fome!
OBRIGADO.
Poliedro.
Enviar um comentário