30 junho, 2007
ANDY MCKEE
29 junho, 2007
28 junho, 2007
Uma questão de velocidade
25 junho, 2007
24 junho, 2007
OS NOMES
23 junho, 2007
O meu encontro com Mona Lisa
22 junho, 2007
21 junho, 2007
A escolha de livros
Os livros para mim funcionam como terapia e muitas vezes como sonífero. Sinto que já me vai faltando tempo para ler todos os livros que quero ler, e alguns já suportam uma fila de espera há bastante tempo.
Houve livros que me marcaram mais, outros menos, alguns, atirei-os para o caixote do lixo. Tenho autores que esgoto tudo quanto escrevem e tem outros que não suporto, por vezes precipito-me a fazer o julgamento negativo apenas por um livro lido, eu sei.
Não tenho tendência para ver um livro mais do que uma vez, a não ser poesia, no entanto leio vários ao mesmo tempo. Arrumo-os de forma desorganizada, quando muito, junto-os por autor.
Detesto comprar livros por catálogo, gosto de ir á livraria.
Há uns anos atrás gostava de ler enquanto fumava.
Não me especializei em nenhum tipo de leitura. Não gosto de livros a metro, uso marcadores de livro, escrevo nos livros, assino-os na vertical, empresto livros, dou livros.
Vou aproveitar o ficheiro do pc para construir uma lista que irei adicionando, consoante me lembrar. Partilho convosco o início da lista.
Primeiro a lista da batata quente:
- Outono em Pequim, de Boris Vian (primeiro livro que li deste grande senhor, que me ensinou que existem outros caminhos na literatura)
- A metamorfose, de Kafka ( bemm… com 16 anos, até sonhava com aquele insecto de grandes dimensões)
- O manual dos inquisidores, de António Lobo Antunes (sempre)
- Cemitério de pianos, de José Luís Peixoto (porque tem a capacidade de me mostar o lado intimo de outras vidas distantes de mim, mas que existem)
- A família, de Mário Puzzo (Talvez o melhor romance histórico que li, posteriormente associado a uma série de livros de Juliette Benzoni, especialmente Fiora e o Papa Sisto IV)
Em rodapé… um livro que não conseguia lembrar-me do autor e nem do título correcto; disseram-me para tomar as gotas… e aí…: “Assim foi temperado o aço” de Nikolai Ostrovski, narra uma historia exemplar de perseverança, de vontade férrea para ultrapassar os obstáculos, que foi uma referência na minha juventude.
Depois, igualmente merecedores de atenção, que não posso deixar de mencionar:
Toda a obra de Sartre especialmente a Idade da razão, As moscas, a Náusea e da sua companheira, Simone de Beauvoir – só é possível compreender o espaço onde se movimentava Sartre, lendo a Força da Idade, a Força das Coisas e todos os outros – marcharam todos e todos. A partir dos livros de Simone tive curiosidade em ler Albert Camus, Boris Vian (marcharam todos os traduzidos) e conhecer o que cantava Serge Regiani.
Alguns livros de Kafka, como a Metamorfe, O Processo e O Castelo…. O Processo foi um livro que me deixava deprimida e receosa… li-o precocemente.
Mais?
Jorge Amado – tudo
António Lobo Antunes – tudo, considero-o o melhor entre os melhores
Ellery Queen (policiais) – tuuuuudo
Eça de Queirós – tudo, especial destaque para A Relíquia.
Gabriel Garcia Marques – vários
Isabel Allende – todos
Dan Brown – todos
Hitchcock – muitos
Morris West – diversos
Aldous Huxley – mais que muitos, destaque para o Admirável Mundo Novo…alimentou o meu imaginário na adolescência
Miguel Torga – diversos
Irving Wallace – vários que já nem si o nome, lembro-me do Prémio.
A cidade dos prodígios – Eduardo Mendonza, construção da cidade de Barcelona
A insustentável leveza do ser – Milan Kundera
Estranhos perfumes – Marie Darriensseco
Nome de tango – Manuel Jorge Marmelo – estranhoooo
A casa dos budas ditosos – uma curtição sobre luxúria
Escuta Zé Ninguém – Wilhelm Reich, uma referência na consolidação de valores no final da adolêscencia
A arma do Juiz – Clara Pinto Correia
Despertar dos mágicos – Louis Paumels
O Valente Soldado Schweik - Jaroslav Hasek
Jornada em Africa – Manuel Alegre
Fazes-me Falta – Inês Pedrosa
Álibi Perfeito – Patrícia Higsmith, a prova que não há crime perfeito
O mosteiro e a coroa – Theresa Schadel
O judeu de Viena e Príncipe Rosa Cruz – José Braga Gonçalves
Budapeste – Chico Buarque, aprendi aqui que há a profissão de escrever para os outros
Nove mil passos – Pedro Almeida Vieira, a construção do aqueduto das aguas livres
Crónica do rei pasmado – Gonzalo Torrente Ballester, ainda melhor que o filme
Quantas noites tem a madrugada – Ondjaki, o livro mais hilariante que li nos últimos tempos, todos os angolanos deviam ler para limpar a alma.
A jangada de pedra, Memorial de convento, Envangelho segundo Jesus Cristo e Todos os nomes – Saramago, este último acabou comigo, deixei de ler Saramago
Peregrinação – Fernão Mendes Pinto
O Malhadinhas – Aquilino Ribeiro
Holanda – Ramalho Urtigão
Vale Abrãao – Agustina Bessa Luís
Kafka à beira mar e Norwegian Wood – Haruki Murakami, e o que mais virá por ai!!! .
.
E outros que lembrarei oportunamente.
Ahhhh Pantera cor de rosa, Mafaldinha, Peninha e Biquinho, Zorro, Zé Carioca, e ainda hoje Calvin e Zits.
Na poesia, vou bicando conforme os dias – Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, poesia Galaico-portuguesa, Florbela Espanca, David Mourão Ferreira, António Botto,…. Sei lá!!!! Só consigo ler poesia em Português!!!!!
Depois deste texto… parece que me despi um pouco em publico.
Ando a preparar-me para ler a Bíblia… enfim! Lá terá que ser!
Passarei a batata quente a outros, já agora!!!
20 junho, 2007
19 junho, 2007
PEDAGOGIA EFICIENTE
Numa escola estava a ocorrer uma situação inusitada: Um grupo de meninas de 12 anos que usava baton diariamente, removia o excesso beijando o espelho da casa de banho.
" Há professores e há educadores".
18 junho, 2007
17 junho, 2007
O Mágico e o Papagaio
Como o público mudava a cada fim de semana, ele resolveu fazer sempre os mesmos truques, sem nenhuma variação, afinal ninguém perceberia, exceto...o papagaio do capitão.
Como o danado via os espetáculos toda a semana, resolveu sacanear mágico e começou a desmascarar o coitado no meio se seus números:
16 junho, 2007
TEATRO DEL MONDO
O teatro do mundo foi projectado pelo arquitecto italiano, Aldo Rossi, inaugurado a 11 de Novembro de 1979, integrado na bienal de arquitectura e teatro de Veneza. Tudo isto seria vulgar, se efectivamente este, fosse um teatro comum, onde se vai assistir a um bom espectáculo das artes de Thalma. Mas não é, e por isso decidi trazê-lo ao estir@dor.
Formado por um paralelipípedo central de base quadrada com 9, 5m de largura e 11m de altura, e cobertura octogonal em zinco, contém no seu interior um palco situado numa área central. O teatro acolhia 400 espectadores, dos quais 250 sentados.
A sua simplicidade formal e as cores utilizadas nos acabamentos imprimiram uma imagem de sonho a este equipamento que tinha como fundo Veneza e os seus canais.
Os utentes que entravam naquele teatro para assistir ao desempenho artístico dos actores, tornavam-se imediatamente também eles, personagens de um evento que interagia com Veneza, observadores e observados, a partir da Punta della Dogana, avistando-se a praça de S. Marcos das suas janelas. Uma verdadeira Arca de Noé de toda a Bienal.
Todo este edifício esta embuído das ideias de Rossi, pouco percepcionadas pelo observador comum, que desconheça as teorias Rossianas sobre a arquitectura e as cidades, aliás tema de um livro de sua autoria, e que tanto influenciou os arquitectos da minha geração. A simplicação formal da arquitectura característica de Rossi, atinge aqui a sua maior expressão. Este foi o edifício mais imaginativo da sua carreira.
Este foi a grande atracção da bienal e Aldo Rossi referia-se a este projecto como “ um lugar onde a arquitectura termina e o mundo da imaginação começa”.
No fim da Bienal, o teatro atravessou o Adriático, rebocado para Dubrovnik e em 1981 foi desmantelado.
Em 2004, o teatro foi reconstruído em Génova, para as celebrações de “Génova, capital Europeia da cultura”.
15 junho, 2007
14 junho, 2007
13 junho, 2007
Pés
Na China desde o século que X que as chinesas padecem de uma tortura continuada relacionada com os seus pés.
E o que me dizem das mulheres que ainda acham bonito usar sapatos apertados, pontiagudos e com 10 cm de salto? Não estarão a querer pôr os olhos em bico?
É tão bonito ter os pés direitinhos, sem calos, nem joanetes!
Alguém teve oportunidade de observar os pés de Rudolf Nureyev? Catastróficos? Indescritivelmente feios e deformados também! Mas aí a tortura era outra, o balett! O treino durante anos em pontas, capazes de suportar o seu peso e de mais uma companheira, fez com que o dedo maior dos seus pés se desenvolve-se de uma forma abismal, com forma de suporte estável, de garra. Vi e não gostei. Associei a forma à pata de avestruz. Simplesmente horrível!
12 junho, 2007
11 junho, 2007
10 junho, 2007
09 junho, 2007
FOJO DO LOBO
A um km da estrada nacional Chaves -Vila Real, perto da aldeia de Samardã (Vila Pouca de Aguiar). Actualmente está integrada no Circuito do Lobo. Subimos a serra e encontramos do lado direito uma cerca com 50m de diâmetro, aproximadamente, construída em forma circular, mas encostada a um declive acentuado, e com aspecto de muralha sem castelo. É o fojo do lobo.
Antes de lá chegar, é bem provável que se cruze com um grande rebanho, espraiado pela encosta, indiferente á sua passagem, guardado pelo respectivo pastor, e 5 cães de guarda, dois destes, castro laboreiros com ar de poucos amigos.
Hoje o lobo é um animal em vias de extinção, sendo acautelado e protegido. Há décadas atrás, abundavam pelas serras de Trás-os-Montes, alimentando-se à custa dos rebanhos que habitavam aqueles declives de manha à noite. Nem os cães de guarda valiam às cabras ou ovelhas mais distraídas. A lei da vida!
A arte e o engenho dos seres pensantes, engendraram uma armadilha para apanhar os lobos: o Fojo do Lobo.
Um muro construído em granito, pedra irregular, com cerca de 3m de altura, com a particularidade do seu remate superior, ser formado por lages salientes para o interior, pontiagudas, tendo uma função muito especifica: impossibilitar a passagem do interior para o exterior.
Atendendo à morfologia do terreno, era possível os lobos saltarem para dentro deste recinto, utilizando a parte mais elevada, só que não conseguiam fazer o caminho inverso.
Assim, a tal “muralha possuía” uma pequena abertura onde era introduzida uma cabra velha, manca ou doente, tinhosa como lhe chamavam; tapavam o buraco com uma pedra e deixavam-na lá a pastar, com um pequeno pio com água. Era este o chamariz dos lobos, que rapidamente pressentiam a presença da cabra fora do rebanho. Saltavam o muro facilmente pelo topo superior, comiam a rés e só depois se sentiam encurralados, tendo que esperar pelo seu fim tão ardilosamente preparado.
No dia seguinte, os pastores chamariam os caçadores para matarem o lobo. Era costume, o caçador exibir o predador defunto, no lombo de um burro e passeá-lo pela aldeia, construindo oportunidade para convívio, prova de salpicões e emborcar uns quartilhos de vinho.
Estas construções de arquitectura popular, com origem ascentral, estão também em vias de extinção. Muitas se esqueceram, engolidas pelo mato de giestas, outras se desagregaram, ou ainda serviram de material de construção para outros espaços.
Resta ainda este, bem perto de todos nós, mas já adulterado: localizaram na sua parte central umas placas comemorativas, que alteram a conjuntura da cerca da morte.
Camilo Castelo Branco que viveu uma parte da sua vida em Vilarinho de Samardã, imortalizou esta vivência:
“Eu é que conheço a Samardã, desde os meus onze anos. Está situada na província Transmontana, entre as serras do Mésio e do Alvão. Nas noites nevadas, as alcateias dos lobos descem à aldeia e cevam a sua fome nos rebanhos, se vingam descancelar as portas dos currais; à míngua de ovelhas, comem um burro vadio ou dois, consoante a necessidade. Se não topam alimária, uivam lugubremente, e embrenham-se nas gargantas da serra, iludindo a fome com raposas ou gatos bravos marasmados pelo frio. Foi ali que eu me familiarizei com as bestas-feras; ainda assim, topei-as depois, cá em baixo, nos matagais das cidades, tais e tantas que me eriçaram os cabelos.Na vertente da montanha que dominava a Samardã, havia um fojo – uma cerca de muro tosco de calhaus a esmo onde se expunha à voracidade do lobo uma ovelha tinhosa. O lobo, engodado pelos balidos da ovelha, vinha de longe, derreado, rente com os fraguedos, de orelha fita e o focinho a farejar. Assim que dava tento da presa, arrojava-se de um pincho para o cerrado. A rês expedia os derradeiros berros fugindo e furtando as voltas ao lobo que, ao terceiro pulo, lhe cravava os dentes no pescoço, e atirava com ela escabujando sobre o espinhaço; porém, transpor de salto o muro era-lhe impossível, porque a altura interior fazia o dobro da externa. A fera provavelmente compreendia então que fora lograda; mas em vez de largar a presa, e aliviar-se a carga, para tentar mais escoteira o salto, a estúpida sentava-se sobre a ovelha e, depois de a esfolar, comia-a. Presenciei duas vezes esta carnagem em que eu – animal racional – levava vantagem ao lobo tão-somente em comer a ovelha assada no forno com arroz.De uma dessas vezes, pus sobre uns sargaços a Arte do padre António Pereira, da qual eu andava decorando todo o latim que esqueci; marinhei com a minha clavina pela parede por onde saltara a fera, e, posto às cavaleiras do muro, gastei a pólvora e chumbo que levava granizando o lobo, que raivava dentro do fojo atirando-se contra os ângulos aspérrimos do muro. Desci para deixar morrer o lobo sossegadamente e livre da minha presença odiosa. Antes de me retirar, espreitei-o por entre a juntura de duas pedras. Andava ele passeando na circunferência do fojo com uns ares burgueses e sadios de um sujeito que faz o quilo de meia ovelha. Depois, sentou-se à beira da restante metade da rês; e, quando eu cuidava que ele ia morrer ao pé da vítima, acabou de a comer. É forçoso que eu não tenha algum amor-próprio para confessar que lhe não meti um só graeiro de cinco tiros que lhe desfechei. As minhas balas de chumbo naquele tempo eram inofensivas como as balas de papel com que hoje assanho os colmilhos de outras bestas-feras. Este conto veio a propósito da Samardã, que distava um quarto de légua da aldeia onde passei os primeiros e únicos felizes anos da minha mocidade.”
Camilo Castelo Branco, em “O Degredado”
08 junho, 2007
07 junho, 2007
ADORO RIR
06 junho, 2007
Ski dome
Construção gigantesca, projectada por Kajima Design, localizada no Japão, com 87.300 m2, complexo de lazer destinada ao exercício de actividades relacionadas, com os desportos de Inverno.
Ski Dome fecha em 2001 e é demolida em 2004.
05 junho, 2007
04 junho, 2007
03 junho, 2007
02 junho, 2007
01 junho, 2007
Dia Mundial da Criança
Aqui
Neste país,
Europeu,
Chamado Portugal,
Ainda há crianças maltratadas
Ainda há crianças violadas
Ainda há crianças com fome
Ainda há crianças com piolhos
Ainda há crianças que não vão à escola
Ainda há crianças que trabalham
Ainda há crianças que nunca foram à praia
Ainda há crianças com medo de falar
Ainda há crianças que nunca lavaram os dentes
Ainda há crianças abandonadas
Ainda há crianças sem médico de família
Ainda há crianças a pedir esmola
Ainda há crianças sem livros
Ainda há crianças com frio
Ainda há crianças que cheiram mal, porque estão sujas
Ainda há crianças sem pais
Ainda há crianças desprotegidas
Ainda há crianças sem brinquedos
Ainda há crianças tristes
Ainda há crianças sem mimo
Ainda há crianças que não sabem sorrir
Ainda há crianças sem direitos
Ainda há crianças sem infância.
Isto é para lembrar todos os dias!!!!